quarta-feira, 23 de novembro de 2011

BELO MONTE GANHA MAIS UMA BATALHA

Globais perdem a batalha de Belo Monte

Juntar uma série de artistas globais em torno de uma causa já é um mérito em si. Significa que a classe artística, acusada de alienar as massas com seus folhetins baratos, também se preocupa com o futuro. O vídeo do Movimento Gota D´Água, estrelado por Maitê Proença, Sergio Marone, Juliana Paes, Ary Fontoura e muitos outros atores, foi visto por milhares de pessoas. Aqui, no 247, foi criticado por apresentar mais suposições do que argumentos em sua pregação contra a usina de Belo Monte, no Pará. E também por teatralizar uma discussão poderia ser levada adiante com mais seriedade, fazendo uma réplica de um vídeo produzido por Leonardo Di Caprio, nos Estados Unidos. O vídeo dos globais, no entanto, produziu um efeito colateral positivo. Fez com que o Brasil voltasse a discutir um tema central, que é a necessidade de produzir energia limpa para garantir a continuidade do processo de crescimento econômico. A esse respeito, vale a pena ler o texto sobre Belo Monte publicado no blog "O Escriba", do portal R7. Até agora, os globais estão perdendo a guerra:
Ok, vamos discutir Belo Monte? Mas que tal fazermos isso com base em dados reais? Sim, porque qualquer discussão baseada em suposições, falseamento, mentiras, não vai levar a lugar algum. Só vai desvirtuar o debate e promover mais ignorância. Então, a partir dos dados fidedignos, podemos nos posicionar contra ou a favor e, melhor, podemos exigir que se cumpra o combinado. Foram décadas de discussão sobre o projeto, que foi alterado para atender muitas das demandas, como não-alagamento de terras indígenas, diminuição dos impactos na região, melhoria das condições de vida das populações das cidades do entorno.
p>Não podemos cair na 'esparrela' das Reginas Duartes da vida, que aparecem aqui e ali pontuando com a cara constrita que estão "com medo". Ainda mais quando a causa do medo é informação deturpada. O pior é ver ambientalista tarimbado alimentando essa falcatrua, comemorando por exemplo o sucesso de um vídeo de artistas que em vez de jogar luz sobre o assunto, prefere fazer terrorismo barato, com base em informações defasadas, falsas até - chegaram a afirmar que o Parque Nacional do Xingu, que fica mais de 1.300 km ao sul do local da usina, poderá ser inundado!! Pô, aí não, vai... muita apelação! (não acredita? Veja aqui a distância de um para o outro)
Como bem disse o Gilberto Camara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), recentemente em seu blog, os ambientalistas estão perdendo a oportunidade histórica de conseguir avançar, exigindo que o governo e a iniciativa privada promovam a sustentabilidade em seus projetos. Em vez disso, estão apelando para o obscurantismo, a desinformação, o marketing raso, e com isso perdem credibilidade. Uma pena. Quando sentam para discutir e negociar honestamente, conseguem boas vitórias - como a moratória da soja, que envolveu sojeiros da Amazônia, Greenpeace e até o McDonald's. É assim que funciona numa democracia moderna: os diferentes sentam à mesa, colocam seus argumentos, 'senões' e 'poréns' e tentam chegar a um denominador comum. Isso foi feito com Belo Monte, tanto que o projeto mudou da água pro vinho nesse meio tempo e hoje tem tudo para ser exemplo para outras obras do tipo que virão - e virão, não tem pra onde correr - para a Amazônia.

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