É o Iraque? É o Afeganistão? Não, é Londres que, em plena luz do dia, hoje, voltou a ser palco de violentas manifestações de rua. Saques, queima de carros e até um incêndio em um prédio ocorreram nos distúrbios registrados nos bairros de Hackney, Lewisham e Peckham. No melhor estilo terceiromundista, os saqueadores londrinos cobrem os rostos com gorros e camisa improvisadas como capuzes. O tráfego de ônibus e automóveis teve de ser desviado para que as tropas policiais anti-distúrbios pudessem enfrentar a fúria dos participantes da baderna. À medida em que a tarde avançou, a violência foi incrementada, com os manifestantes portando barras de ferro e pedaços de pau para quebrar vitrines e roubar lojas. A maioria procurou fechar as portas o mais cedo possível. O jornal The Guardian já alerta para o avanço dos quebra-quebras para o coração da capital inglesa. A ministra do interior, Thereza May, se reuniu com os chefes da Scotland Yard para analisar a extensão dos estragos. Ela informou. Já foram feitas 215 prisões. “Não há desculpa para que haja violência nas ruas”, disse a ministra. “Os responsáveis serão colocados nas mãos da Justiça e enfrentarão as conseqüências.
Os distúrbios em Londres começaram anteontem, quando moradores do bairro de Tottenham promoveram um quebra-quebra com incêndios a edifícios em protesto pela morte, executada pela polícia, a tiros, de um morador do bairro, pai de quatro filhos. Agora, porém, a violência parece ter outros motivos, com jovens quebrando vitrines para roubar roupas finas e equipamentos eletrônicos como telefones celulares. A onda de violência já atingiu os bairros de Enfield, no norte da capital, Walthamstow, ao leste, e Brixton, no sul. Em Oxford Circus, no coração da capital, houve também tentativas de saques.
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