sábado, 13 de fevereiro de 2021

DEPRESSÃO E ANSIEDADE AUMENTARAM DURANTE A PANDEMIA ENTENDA

epressão, ansiedade e estresse aumentam durante a pandemia Dado foi apresentado durante evento online com pesquisadores da Fiocruz, que abordaram as necessidades de cuidados com a saúde mental durante o teletrabalho A mudança brusca de rotina que a pandemia causou na vida e no trabalho das pessoas trouxe impactos também para a saúde mental. É o que mostra um estudo realizado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e publicado pela revista The Lancet. De acordo com o artigo, os casos de depressão aumentaram 90% e o número de pessoas que relataram sintomas como crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou entre os meses de março e abril deste ano. Preocupada com a saúde mental dos colaboradores, a Fiocruz promoveu, nesta quarta-feira (12/8), o evento Diálogos com os trabalhadores da Fiocruz: Saúde mental e trabalho na pandemia. Risco de contaminação, medo de contaminar a família e colegas de trabalho, redução significativa de postos de trabalho e desemprego foram algumas situações citadas pelos especialistas como desencadeadoras de depressão, ansiedade e outros danos psicológicos. Os problemas de saúde mental no trabalho estão ligados a três pilares: tempo, espaço e condições. A afirmação foi feita pela diretora da Fiocruz Brasília, Fabiana Damásio. Para ela, ao analisar o tempo, percebe-se uma ausência de limites entre trabalho e vida pessoal e o entrecruzamento do trabalho com as atividades domésticas. A psicóloga lembrou que as questões das desigualdades sociais eclodem neste momento quando nos deparamos com a pandemia, em que os espaços físicos foram transferidos para redes comunicacionais como mídias sociais, plataformas virtuais e tecnologias para garantir que essas redes permaneçam. O terceiro pilar é a condição de trabalho remoto que, para Damásio, tem sido um grande desafio, assim como a retomada das atividades presenciais e a garantia da convivência segura. Ela destacou que é preciso estar atento à regulação social do trabalho, pois pode causar interferências nas redes colaborativas que se formam como caminho de proteção social e funcionam como redes de apoio e contribuem para estratégias dos problemas de saúde mental que surgem. “Precisamos pensar nos problemas de saúde mental como problema de saúde pública, assim como o luto. Cada categoria profissional é acometida por um conjunto de eventos que depende da natureza do seu trabalho”, disse. A pandemia aumentou a intensidade das atividades de colaboradores das unidades de assistência e reorganizou os espaços de colaboradores da educação, gestão e pesquisa com o teletrabalho e de equipes e espaços de laboratórios, transformou salas de aula em plataformas com a educação remota e emergencial e os espaços de gestão passaram a ocupar todo o espaço das nossas casas – salas, quartos e cozinhas. “Há uma porosidade da membrana que separa a casa do trabalho. Este é um dos eventos que podem trazer consequências para o trabalhador, que acaba sendo integralmente ocupado pelo seu tempo de trabalho, pela quantidade de tarefas, e vive na ausência de sociabilidade. Precisamos reconhecer que as categorias estão expostas a eventos que levam à exaustão e impactam diretamente no modo de levar a vida e na capacidade de dar respostas”, disse. A pesquisadora mencionou que a OMS (Organização Mundial da Saúde) já aponta aumento dos índices de suicídio, depressão, preocupação, medo, ansiedade, da violência doméstica, fragilidade das redes de proteção e uso abusivo de álcool e outras drogas. “É a constatação de que há uma dor presente em todas essas situações que vêm sendo presenciadas, até mesmo a ausência de sociabilidade”, completou. Para Damásio, as ações internas e externas da Fiocruz refletem que o tema é uma prioridade da instituição, a partir da tese 11, que reafirma a saúde como um direito, além do reconhecimento da diversidade e a necessidade de garantir a equidade nos serviços prestados ao público e no cotidiano das ações dos trabalhadores em todas as unidades. De acordo com ela, as pautas foram ampliadas, colocando como premissa básica o cuidado, a convivência segura e ações no enfrentamento à Covid-19. A psicóloga citou as estratégias de cuidado com os trabalhadores da saúde desenvolvidas pela Fiocruz Brasília, como o suporte aos trabalhadores que atuam na linha de frente do novo coronavírus, as 20 cartilhas de saúde mental com orientações aos trabalhadores sobre como agir em determinados temas e que contou com o trabalho de 145 pesquisadores e técnicos da Fiocruz, as oito edições do programa Conexão Fiocruz Brasília, o teleatendimento psicológico que está sendo organizado com a OPAS/OMS para trabalhadores e população, além do Curso Nacional de Atenção Psicossocial e Saúde Mental na Pandemia covid-19, com mais de 70 mil inscritos. “É o reconhecimento do coletivo como uma unidade que precisa ser permanentemente ressignificado com a participação dos gestores e trabalhadores para discutir as questões sanitárias, sociais, econômicas e ecológicas. O novo sujeito trabalhador é um sujeito de direito, reflexão e de ação colaborativa. O que é necessário construir para garantir a dignidade no trabalho?”, questionou. Saúde mental antes da pandemia A coordenadora de Saúde do Trabalhador da Fiocruz, Sônia Gertner, afirmou que a saúde mental já aparecia em destaque antes da pandemia, e agora o tema eclodiu. “Estamos o tempo todo perguntando como o trabalhador vai lidar com o trabalho e as questões relacionadas ao medo, riscos e aumento de possibilidade de contrair a doença”, afirmou. Para ela, todos estão se reinventando a cada dia, seja na forma de trabalhar ou de lidar com os sentimentos e as situações em casa, são todos aprendizes. Sônia destacou que a pesquisa vem sendo cada vez mais valorizada, e que o momento exige mais atenção às questões que impactam a maior parte do Brasil, especialmente as questões sociais. Como estávamos antes da pandemia? Este foi o questionamento feito pelo psicólogo Marcello Rezende, do Núcleo de Saúde do Trabalhador (NUST) da Fiocruz. Ele fez o resgate histórico da saúde mental no trabalho antes da pandemia, apontando que a OMS e organismos internacionais já apresentavam, há duas décadas, o crescimento de distúrbios psicológicos, assim como o Fórum Econômico Mundial, que no último ano abordou a solidão, ansiedade e depressão como riscos para a economia. Para ele, as mudanças começaram com a Revolução Industrial. O contrato de trabalho ficou mais flexível, passamos a viver de forma mais acelerada, o que afetou nossos modos de agir, pensar e nossas experiências cotidianas. “Cada vez mais é valorizado o instantâneo, transitório e a superficialidade. Aliado a isso, principalmente na última década, as mídias sociais na palma da mão têm gerado uma sobrecarga sensorial que dificulta nossa reflexão sobre questões fundamentais da vida”, explicou. Marcello citou ainda a busca incessante da felicidade em ações que muitas vezes nos distanciam dela e das outras pessoas, associando felicidade ao consumo instantâneo. O psicólogo citou ainda que, nas últimas duas décadas, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) vem chamando atenção para os riscos psicossociais no trabalho, que, em função das mudanças globais e econômicas, tem cada vez mais reduzido os empregos estáveis e aumentado os empregos temporários e informais. Segundo Rezende, a consequência dessa realidade é um trabalho competitivo com diminuição do apoio social e tensões dentro do emprego, dificuldade maior entre o equilíbrio da vida pessoal e o trabalho, e um número grande de afastamentos por saúde mental. Para atender as demandas de saúde mental dos colaboradores da instituição, independente do vínculo e incluindo as unidades regionais, a Coordenação de Saúde do Trabalhador (CST) criou uma rede de psicólogos voluntários da equipe, para dar suporte psicológico contínuo para os trabalhadores e familiares durante a pandemia e atendimento psiquiátrico. O pico de atendimentos foi atingido em maio. As principais questões foram as dificuldades com a mudança de rotina e isolamento, além do luto na família. Após cinco meses de distanciamento social, Marcello acredita que o cansaço tem sido o sentimento mais comum neste momento. “É difícil saber exatamente como o trabalho está afetando nossas vidas agora porque estamos vivenciando uma situação excepcional, com questões pessoais e familiares devido ao isolamento social. É um momento passageiro e não tenho dúvida que não voltaremos ao que éramos antes, no trabalho”, afirmou. E o depois? Um nevoeiro ou uma neblina densa e longa no meio da estrada, que se estende mais do que o previsto. Foi assim que a psicóloga do Nust Luciana Cavanellas definiu o momento que estamos enfrentando. “É quando você perde a visão instantaneamente e deixa de enxergar um pouco à frente, mas você precisa continuar. Como agimos? A primeira coisa é testar nossos recursos e usar outros sentidos para ampliar a percepção. Ao mesmo tempo, você se sente conectado com os outros porque todo mundo está vivendo a mesma coisa. Não saber o que vem a frente é muito ruim e angustiante, mas não estamos sós”, descreve. Luciana disse que nesses momentos a fronteira individualista é rompida e passamos a nos abrir a algo que afeta a todos. Para ela, o que faz as pessoas continuarem é a confiança de que vai passar. “É hora de abrir olhos, nariz e ouvidos, mesmo que protegidos, e descobrir novos modos de seguir, até porque no modo antigo já estávamos cansados, tristes, medicados e adoecidos. Podíamos nos dizer saudáveis antes da pandemia, como indivíduos e como sociedade?”, questionou. Para ela, este é o momento que precisamos pensar em como queremos no mundo, revalorizando a vida e o trabalho e buscando transformar perdas e dores em mudanças, com novos olhares e construção conjunta. Confira a live completa aqui 100 mil mortes O Brasil atingiu a marca de 100 mil mortes causadas pelo novo coronavírus no último sábado, dia 8 de agosto. Em homenagem e respeito às vítimas da doença, a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas (Cogepe), Andrea Carvalho, pediu um minuto de silêncio. “Não podemos minimizar e nem normalizar essas mortes. Cada vida para nós importa. É importante lembrar e fazer uma homenagem, porque esta situação é absurda”, ressaltou. O luto foi um dos temas abordados durante a live. A diretora da Fiocruz Brasília destacou que este deve ser considerado um problema de saúde pública. Ela lembrou de uma das ações realizadas pelo Serviço de Gestão do Trabalho (Segest) da Fiocruz Brasília, a roda de conversa “Conviver com o luto”, com a psicóloga Elaine Alves, doutora e pós-doutora com ênfase em perdas e lutos, emergências e desastres pela Universidade de São Paulo (USP). Elaine abordou as diferentes situações e tipos de luto, em contextos mais particulares e que atinge, atualmente, populações inteiras. Saiba mais sobre o evento aqui

VERDADES E MENTIRAS SOBRE O CORONA VIRUS

Novo coronavírus: mitos e verdades sobre a doença Covid-19 Descubra se o coronavírus pode ser evitado com alimentos como chás, alho e inhame e se é seguro receber encomendas vindas da China Redação O Ministério da Saúde no Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e jornais internacionais estão com campanhas globais para desmistificar algumas das notícias falsas que andam circulando acerca do novo coronavírus. Classificada como pandemia pela OMS e com mais de 75 milhões de casos e 1,6 milhão de mortes, segundo o Hospital John Hopkins, a doença ainda gera dúvidas entre a população e, assim como já aconteceu em outras epidemias, vários mitos foram espalhados na web. Algumas informações compartilhadas por internautas são mais alarmistas, outras indicam como verdadeiros fatos que não foram oficialmente comprovados. Diante da preocupação global, os órgãos de saúde estão tomando medidas para informar devidamente a população. Confira: NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) Fake news sobre coronavírus Tanto o ministério quanto a OMS reforçam que se você receber alguma notícia sobre a doença, antes de compartilhar, verifique a veracidade e informe-se apenas por meio dos órgãos oficiais ou veículos de confiança. Confira as fake news verificadas pelos órgãos e fique bem informado sobre o assunto: 1- Sopa de morcego pode ter disseminado coronavírus na China? NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) De acordo com a OMS, não há comprovação científica de que a comida em questão tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus na China. Esta informação, inclusive, foi uma das primeiras suposições que começaram a circular na web no início do surto. 2 - Chás imunológicos ajudam a prevenir o coronavírus? Imagens e listas compartilhadas por meio de aplicativos de mensagem, como o Whatsapp, dão conta de que alguns chás naturais, como o chá de erva docechá de abacate com hortelã e um chá imunológico (à base de gengibre, alho, capim-limão, tomilho, hortelã e casca de limão), podem prevenir contra o novo coronavírus Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus. Também é falsa a afirmação de que o chá de erva-doce tem a mesma substância do medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir). 3 - É possível aumentar a imunidade com vitamina C e inhame? Um vídeo que circula na web mostra um suposto médico chinês, que trabalha no Brasil e que teria falado com a irmã que mora na China. Na gravação, ele recomenda métodos para aumentar a imunidade contra o vírus, como ingerir vitamina C e D, comer inhame e própolis. O vídeo original foi apagado pelo médico devido à repercussão. NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) Em resposta, o Ministério da Saúde afirma que não há evidências científicas que mostrem que vitaminas C e D, inhame, própolis ou banhos "quente/frio" sejam precauções eficazes contra o coronavírus. A mesma recomendação vale para uma mensagem que traz supostas orientações do Diretor do Hospital das Clínicas, de São Paulo - que também seria falsa. Saiba mais: Coronavírus e outras 7 doenças que causam falta de ar 4 - Comer alho e beber uísque com mel pode prevenir contra o coronavírus? Segundo o Ministério da Saúde, o alho é um alimento saudável que pode conter propriedades anti microbianas. Entretanto, não existe evidência que comer o alimento ou beber uísque com mel tem prevenido pessoas do novo coronavírus. NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) 5 - Lavar regularmente o nariz com solução salina ajuda na prevenção? Outra dúvida levantada por internautas é sobre uma possível medida de proteção contra o coronavírus. Segundo a OMS, entretanto, não existe evidência que a lavagem regular das mãos e corpo com solução salina pode proteger pessoas de uma infecção do coronavírus. A lavagem com água e sabão é a melhor solução. 6- Café previne coronavírus? NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) Falso. A informação de que o café ajuda a prevenir o coronavírus é incorreta. Segundo o Ministério, circulou um comunicado de que o uso de metilxantina, encontrado no café e outros estimulantes, seria uma forma de barrar a contaminação do vírus no corpo. Entretanto, o Ministério lembra que não existe nenhuma substância, medicamento ou alimento que possa prevenir a COVID-19. 7- Animais domésticos podem transmitir o vírus? Até o presente momento, não há evidência de que animais domésticos, como gatos e cachorros, podem transmitir o novo coronavírus. NÃO PARE AGORA... TEM MAIS DEPOIS DA PUBLICIDADE ;) 8 - Antibióticos podem prevenir ou tratar a infecção de coronavírus? A OMS responde que não, uma vez que antibióticos não agem contra o vírus, apenas contra bactérias. Portanto, antibióticos não são usados como modo de prevenção ou tratamento para a nova doença. Além disso, até o momento, não existe nenhuma medicação para prevenir ou tratar o novo coronavírus. A OMS está ajudando a acelerar o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto. 9 - É seguro receber cartas, pacotes e encomendas da China? Falso. De acordo com a OMS, sim, é seguro. Pessoas recebendo encomendas ou correspondência da China não estão em risco de contrair o vírus, uma vez que medidas de higienização são realizadas para que o sistema de encomendas ocorra de forma segura. 10 - A vacina contra pneumonia protege contra o coronavírus? Não, vacinas contra pneumonia não protegem contra o novo coronavírus. O vírus é novo e diferente, por isso, precisa de sua própria vacina. Diversos pesquisadores do mundo todo, inclusive, estão unindo forças para desenvolver uma imunização segura contra o patógeno. Porém, ainda não há previsão de comercialização do produto. 11 - Usar ou comer óleo de gergelim impede que o coronavírus entre no corpo? Não, óleo de gergelim não mata o vírus. Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa evitar a infecção pelo novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, medidas de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia, ajudam na prevenção. 12 - Tomar banho quente pode prevenir contra a COVID-19? Falso. Tomar banhos quentes não previne a doença causada pelo novo coronavírus, uma vez que a temperatura do corpo permanece entre 36,5ºC a 37ºC, independente da água do banho. Na realidade, tomar banho muito quente pode causar queimaduras em você. O melhor jeito de prevenir a COVID-19 é lavar as mãos frequentemente com sabão. 13 - Clima frio e neve podem matar o novo coronavírus? Não há razão para acreditar que o clima frio pode matar o novo coronavírus ou qualquer outra doença. A temperatura corporal mantém-se em 36,5°C a 37°C, independente da temperatura externa. A melhor forma de prevenção continua sendo limpar frequentemente as mãos com álcool ou sabão. 14 - O novo coronavírus pode ser transmitido por picada de mosquito? A principal forma de transmissão do SARS-CoV2 é pelas vias aéreas, por meio de secreções de pessoas infectadas, quando elas tossem ou espirram. Trata-se de um vírus que não precisa de uma picada de mosquito para que a infecção ocorra. Para prevenir a COVID-19, evite contato próximo com qualquer pessoa que esteja espirrando ou tossindo. 15 - Secadores de mãos são eficientes para matar o novo coronavírus? Não, secadores de mãos não matam o novo coronavírus. A melhor forma de prevenção é a higienização das mãos com álcool ou sabão. Uma vez com as mãos higienizadas, você pode secá-las com papel ou toalhas descartáveis. 16 - Lâmpadas com luz ultravioleta desinfetantes (anti-mosquitos) podem matar o novo coronavírus? Lâmpadas de luz ultravioleta não devem ser usadas para esterilizar mãos ou outras áreas, já que a radiação UV pode causar irritação da pele. 17 - Câmeras térmicas podem detectar pessoas infectadas com o novo coronavírus? As câmeras térmicas detectam quando pessoas apresentam febre, ou seja, quando a temperatura corporal aumenta. Entretanto, estes tipos de câmeras não detectam pessoas que foram infectadas e ainda não apresentam os sintomas da doença. 18 - Espalhar álcool e cloro sobre todo o corpo pode matar o novo coronavírus? Cloro e álcool não matam o vírus que já entrou no corpo. Espalhar essas substâncias pode ser danoso a roupas e mucosas, como olhos e boca. Os dois produtos podem ser usados apenas como desinfetantes de superfícies, porém, sob recomendações apropriadas. No Irã, 44 pessoas morreram por intoxicação causada por metanol. No país, em que bebidas alcóolicas são proibidas, alguns iranianos tomaram álcool puro para tratar o Covid-19, pois circulava uma falsa notícia de que a substância matava o vírus. 19 - Devemos evitar cumprimentar as pessoas com aperto de mão? Sim. Doenças respiratórias podem ser transmitidas pelas mãos e ao tocar os olhos, nariz e boca. Cumprimente as pessoas com acenos e evite o contato físico direto. 20 - Usar luvas de borracha protege contra o novo coronavírus? Não. Lavar regularmente as mãos oferece maior proteção contra o coronavírus do que usar luvas de borracha. Afinal, se você tocar a boca, olhos ou nariz enquanto usa a luva, ainda pode ser infectado. 21 - Teste caseiro de respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos detecta infecção do novo coronavírus? Não. Uma mensagem circulou pelas redes sociais com um teste caseiro que diagnosticava o Covid-19. A notícia dizia que se você conseguir respirar fundo e prender a respiração por mais de 10 segundos sem tossir, não está infectado pelo vírus. Entretanto, a notícia é falsa e o teste não confirma o diagnóstico. 22 - Vinagre previne a contaminação do novo coronavírus? Falso. Em um vídeo, um suposto ?químico autodidata? afirma que o álcool em gel não é eficaz na prevenção contra o novo coronavírus e indica que o vinagre seria útil. Em resposta, o Conselho Federal de Química (CFQ) liberou uma nota esclarecendo que o álcool em gel 70% é, sim, ideal para a prevenção. 23 - O novo coronavírus foi manipulado geneticamente e tem uma estrutura similar ao do vírus HIV, que causa a Aids? Mito. O SARS-CoV2, nome oficial do novo coronavírus, não foi manipulado geneticamente e não possui nenhuma semelhança com o HIV. Além disso, o mecanismo de ação destes vírus dentro do organismo humano é totalmente diferente um do outro. O novo coronavírus afeta o sistema respiratório e pode ser totalmente eliminado do corpo, diferente do vírus do HIV, que infecta células de defesa e não desaparece do organismo. 24 - Novo coronavírus causa pneumonia de imediato? Têm circulado notícias de que a infecção pelo novo coronavírus causa pneumonia de imediato, entretanto, a informação é falsa. Os sintomas da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, são: febre, tosse e dificuldade para respirar, semelhantes a uma gripe. Em casos mais graves, pode também causar pneumonia. 25 - Gargarejo de bicarbonato de sódio com limão e água morna previne a infecção? Não. A notícia de que um gargarejo com bicarbonato de sódio, limão e água morna poderia prevenir contra a COVID-19 é falsa. A informação surgiu num vídeo compartilhado pelas redes sociais e foi indicada pelo pastor Waldeir de Oliveira, da Praia Grande, litoral de São Paulo, como uma promessa para as pessoas "não pegarem coronavírus". Segundo uma reportagem do portal G1, Waldeir recebeu a receita de seu irmão, que mora nos Estados Unidos, que teria recebido de um judeu de Israel. Entretanto, ele apagou o vídeo após a repercussão. Em sua teoria, o vírus ficaria alojado na garganta por 4 dias e a mistura seria uma forma de "evitar que o vírus continue no organismo". Porém, a informação não tem qualquer embasamento científico. 26 - Vacina da gripe aumenta risco de coronavírus? Falso. Ainda não há estudos que correlacionam a vacina de influenza (gripe) e risco de adoecimento ou complicações por COVID-19. 27 - Beber água de 15 em 15 minutos previne coronavírus? Falso. A água, como método preventivo ao coronavírus, é útil apenas na hora de lavar as mãos com sabão. Até o momento não foi identificado nenhum alimento que seja um método preventivo para a COVID-19. 28- Álcool gel altera o teste do bafômetro? Falso. Quando inalado, o álcool gel atinge os pulmões, caso o ambiente esteja fechado e com pouca circulação de ar. Porém, o produto não dura mais do que 2 minutos nas vias respiratórias, sendo inviável a alteração do teste de bafômetro e configuração de infração de trânsito. É importante destacar, também, que ao entrar em contato com a pele, o álcool em gel não atinge a corrente sanguínea, como é o caso de quem faz uso de bebida alcoólica. 29-Álcool em gel não é eficaz contra o coronavírus? Falso. O álcool em gel, assim como a água com sabão, tem sido o principal produto de higienização para combater a transmissão do coronavírus. O que se sabe sobre o novo coronavírus O que é coronavírus e quanto devemos nos preocupar com ele? Coronavírus sem pânico: 6 dicas para não pirar com a doença Coronavírus: veja as medidas de prevenção adotadas no Brasil 30-OMS recomenda hidroxicloroquina para COVID-19? Falso. A hidroxicloroquina, assim como cloroquina, ivermectina, remdesivir, entre outras substâncias foram estudadas como método de tratamento para a COVID-19. Entretanto, nenhuma delas teve sua eficácia efetivamente comprovada como remédio para a COVID-19. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a compra de cloroquina e hidroxicloroquina sem prescrição médica, a fim de evitar que a população se automedique e estoque o produto em casa.