domingo, 5 de dezembro de 2021

CORRIDA PRESIDENCIAL 2022 QUEM É QUEM

Eleições 2022: quem são os pré-candidatos a Presidente e os obstáculos que devem enfrentar Jair Bolsonaro vai disputar a reeleição enquanto Lula tenta retornar ao Palácio do Planalto para um terceiro mandato. Enquanto isso, candidatos de esquerda e direita tentam se viabilizar com 'terceira via' Esta reportagem será constantemente atualizada para refletir novas candidaturas e a retirada de nomes da disputa presidencial até o registro oficial pelos partidos no ano que vem. A eleição presidencial de 2022 tende a gerar grande polarização, com Jair Bolsonaro (PL) disputando a reeleição e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentando retornar à Presidência da República para um terceiro mandato. Mas pré-candidatos de esquerda, centro e direita tentam se viabilizar como "terceira via", entre eles Ciro Gomes (PDT), a senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos). Já o PSDB escolheu o governador de São Paulo, João Dória, como pré-candidato do partido à eleição. Mas ele terá a tarefa difícil de resgatar a relevância do partido na corrida presidencial. Em 2018, o candidato tucano, Geraldo Alckmin, ficou em quarto lugar no primeiro turno, com pouco mais de 4% dos votos. Até agora, a única mulher na disputa é a senadora Simone Tebet, do MDB. A lista definitiva de candidatos só vai ser definida nas convenções partidárias que vão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto de 2022. O presidente Jair Bolsonaro vai disputar a reeleição pelo Partido Liberal, legenda de Valdemar Costa Neto, um dos condenados no escândalo do mensalão. Atualmente, um dos principais desafios de Bolsonaro é a popularidade em baixa. Segundo pesquisa Datafolha de setembro, 53% consideram o seu governo ruim ou péssimo — o pior índice desde o início do mandato. Na pesquisa anterior, o percentual era de 51%. A crise econômica, com alta contínua da inflação, e o aumento da pobreza também podem significar desafios para a reeleição de Bolsonaro. Por outro lado, o aumento do valor do Auxílio Brasil (antigo Bolsa Família) pode ajudar a recuperar parte dos votos. Bolsonaro deu novo nome ao Bolsa Família, numa tentativa de imprimir marca própria na assistência social. O presidente também conta com uma base de eleitores fiéis dispostos a ir às ruas para defender suas posições, como ocorreu nos protestos de 7 de setembro. "O principal desafio de Bolsonaro é a avaliação ruim do seu governo, conforme mostram pesquisas de opinião", disse à BBC News Brasil o cientista político Claudio Couto, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "Tem bolsonaristas que não abandonam Bolsonaro, mas tem os bolsonaristas de ocasião, que podem abandonar Bolsonaro e ir para outros candidatos de direita, principalmente para Sérgio Moro", avalia. Para Couto, Bolsonaro tem dois desafios pela frente que não existiam na eleição de 2018. Primeiro, ele vai ter que centrar força na campanha em atacar dois candidatos: Sérgio Moro, seu principal adversário na disputa para chegar ao segundo turno; e Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. "Em 2018, Bolsonaro só precisava atacar Lula. Ele era o candidato do antipetismo. Agora, tem Moro como alternativa e ele vai precisar centrar fogo em duas frentes no primeiro turno", diz Couto. O segundo desafio é o fato de que Bolsonaro terá mais dificuldade para sustentar o discurso de combate à corrupção, especialmente após as denúncias de corrupção na compra de vacinas contra a covid e as acusações de que tentou interferir em investigações da Polícia Federal. Se antes de se eleger presidente Bolsonaro era um dos principais defensores da Lava Jato, foi durante seu governo que a força tarefa foi desmantelada e o ritmo das investigações se reduziu consideravelmente. "Para Bolsonaro o discurso anticorrupção foi perdido e foi perdido por conta dos problemas na família, o envolvimento em compra de vacina, e o favorecimento de seus aliados do Centrão. Esse discurso, a não ser para quem acredita que o PT detém o monopólio da corrupção, não vai colar como em 2018", diz Couto. Bolsonaro está, atualmente, em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás apenas de Luiz Inácio Lula da Silva. Num eventual segundo turno com Lula, ele poderá voltar a personificar o antipetismo que o ajudou a se eleger em 2018. Luiz Inácio Lula da Silva, pelo PT Lula O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvia aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, seguido por Bolsonaro e Sérgio Moro. Desde que teve sua condenação por corrupção anulada pelo Supremo Tribunal Federal, sua candidatura pelo PT à Presidência é tida como certa por políticos do partido. Embora, não tenha confirmado que irá concorrer, o ex-presidente tem participado de eventos para discutir propostas para o Brasil, vem se reunindo com setores da sociedade, como lideranças evangélicas, e até rodou a Europa para dialogar com chefes de Estado e de governo. O principal obstáculo do ex-presidente é o antipetismo, que ainda deve ter peso na próxima disputa presidencial, com eleitores buscando alternativas numa terceira via ou recorrendo a Moro ou Bolsonaro para evitar um retorno de Lula. "O Lula tem a dificuldade de vencer o antipetismo. Mas isso está mais fraco do que foi anteriormente. Uma parte dos problemas que originou o antipetismo, que é o escândalo de corrupção, se dissolveu pelo tempo que passou, são escândalos já precificados", avalia Claudio Couto, da FGV.. Lula tem a vantagem de, ao menos por enquanto, só ter Ciro Gomes (PDT) como adversário de esquerda na disputa. Todos os demais pré-candidatos são associados à centro-direita ou direita. Isso garante a ele maior facilidade para chegar ao segundo turno. "Lula, de todos os candidatos, é o que pode estar na posição mais confortável. Ele tem na esquerda um apoio consolidado. Ciro Gomes, ao bater forte em Lula e Dilma, como tem efeito, abdicou de parte do eleitorado da esquerda", diz Couto. Sergio Moro, pelo Podemos Sérgio Moro Em 10 de novembro, o ex-juiz Sergio Moro se filiou ao Podemos numa cerimônia na qual o partido o anunciou como "futuro presidente da República". Depois de deixar os processos da Operação Lava Jato, renunciar ao cargo de juiz, entrar para a política como ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e pedir demissão, Moro se torna o principal adversário do atual presidente na disputa para o segundo turno da eleição presidencial de 2022. Nas primeiras pesquisas de intenção de voto realizadas após a filiação ao Podemos, o ex-juiz aparece em terceiro lugar na disputa, atrás de Lula e Bolsonaro, mas com tendência de alta no desempenho. Pesquisa PoderData realizada na semana do dia 22 a 24 de novembro, aponta Lula com 38% das intenções de voto, Bolsonaro em segundo lugar, com 27%, e Moro em terceiro, com 14%. "Ele é um candidato que tende a crescer agora. Primeiro, por se confirmar como candidato de fato. Antes era apenas uma hipótese de candidato. Ele agora tem chances de roubar votos de Bolsonaro, já que parte do eleitorado do presidente também é 'morista' ou 'lavajatista'", avalia Claudio Couto, da FGV. Por outro lado, Moro terá o desafio de comprovar que suas capacidades vão além do discurso anticorrupção. Também terá de enfrentar as acusações de que agiu com parcialidade nos julgamentos da Lava Jato e de que cometeu abusos durante a investigação. Mas ele tem espaço para conquistar votos de antipetistas, e pode roubar parte do eleitorado do PSDB que desaprova Bolsonaro, mas também não quer o retorno de Lula. "Ele vai ter que demonstrar que consegue dominar outros temas e fazer promessas críveis. Apostaria numa disputa entre Moro e Bolsonaro para chegar ao segundo turno. Os dois vão se vender como baluartes do antipetismo, mas Moro vai precisar comprovar que é mais que um ex-juiz", diz Couto. João Dória, pelo PSDB João Dória O governador de São Paulo, João Dória, foi escolhido para ser candidato do PSDB após vencer o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, em prévias realizadas pelo partido. Durante a pandemia do coronavírus, Dória se projetou ao adotar postura oposta à de Bolsonaro na reação à crise. Nos picos de infecção, ele defendeu lockdowns, fechamento de comércio e restaurantes e medidas de isolamento social, além de ter investido, por meio do Instituto Butantan, na produção da CoronaVac, a primeira vacina a ser disponibilizada no Brasil contra a covid-19. Para se cacifar nacionalmente, a tendência é que ele se apresente como "o candidato da vacina" contra covid, ou seja, como alguém que reagiu à crise. Mas pesquisas de intenção de voto realizadas até agora o colocam na quarta ou quinta posição no primeiro turno. O PSDB vem passando por um processo de desgaste interno e, na última eleição presidencial, candidato tucano Geraldo Alckmin só alcançou 4% dos votos no primeiro turno — resultado considerado desastroso para um partido que sempre figurava em primeiro ou segundo lugar na disputa presidencial desde 1994. Além disso, Dória enfrenta resistências dentro do próprio partido e corre o risco de ser alvo de "fogo amigo" durante a campanha. "Há chance de integrantes do PSDB apoiarem outros candidatos de centro e direita, como Sérgio Moro", diz Claudio Couto, da FGV. Dória também vai enfrentar o desafio de convencer o eleitorado de outras regiões do país, especialmente do Nordeste, que não é um político centrado nos interesses e desafios de São Paulo e do Sudeste. "Dória ainda tem uma imagem antipática fora de São Paulo, de alguém muito distante da realidade das regiões mais pobres do país. Ele precisa vencer essa resistência e terá a tarefa de comprovar que tem sensibilidade para questões de outros Estados", avalia o professor de ciência política da FGV. Ciro Gomes, pelo PDT Ciro Gomes Se for confirmada a sua candidatura à Presidência pelo PDT, esta será a quarta vez que Ciro Gomes concorre ao cargo. Em 2018, ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 12,5% dos votos. Ele também concorreu à Presidência em 2002 e 1998. Candidato associado à esquerda ou centro-esquerda, Ciro Gomes tenta novamente despontar como terceira via, ou seja, alternativa a Lula e Bolsonaro. A seu favor, ele conta experiência política, numa eleição que não dará o mesmo peso a "outsiders" ou figuras antipolíticas como a de 2018. Ciro foi prefeito de Fortaleza, deputado estadual, deputado federal, governador do Ceará e ministro dos governos Itamar Franco e Lula. Ele passou por sete partidos e deve concorrer à eleição de 2022 pelo PDT. Para fazer frente à candidatura de Lula, Ciro tem adotado uma estratégia de ataque, criticando fortemente o ex-presidente petista. "Lembre que o Brasil mudou muito e Lula não renovou as ideias. Será que ele se corrigiu e não vai repetir aqueles erros terríveis que você só descobriu depois? O pior é que você nunca viu ele pedir perdão pelos erros e está vendo ele se juntar de novo às mesmas pessoas", escreveu Ciro nas redes sociais. O ex-governador do Ceará também chegou a acusar Lula de conspirar para o impeachment de Dilma e, quando a petista saiu em defesa do padrinho político, Ciro reagiu dizendo que a ex-presidente foi uma das pessoas "mais inapetentes, incompetentes e presunçosas" a presidir o Brasil. Se por um lado essa estratégia visa firmar Ciro Gomes como alternativa a Lula, por outro, pode eventualmente afastar eleitores que nutrem alguma simpatia pelo PT ou que defendem uma ampla aliança anti-Bolsonaro. "Ao mesmo tempo em que essa estratégia pode custar votos de eleitores da esquerda, Ciro tem dificuldade em conquistar, de fato, eleitores da direita. Ele ainda é visto como alguém, no mínimo, de centro-esquerda", diz o cientista político Claudio Couto. Simone Tebet, pelo MDB Simone Tebet Única mulher até o momento a ser cogitada como pré-candidata à Presidência, a senadora Simone Tebet deve ser lançada para disputar o Palácio do Planalto pelo MDB em dezembro. Ela foi a primeira mulher a disputar o comando do Senado, em 2021. Também foi a primeira parlamentar mulher a comandar a disputada Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a primeira vice-governadora de Mato Grosso do Sul e primeira prefeita de Três Lagoas (MS). A possibilidade de candidatura à Presidência surgiu do destaque que Tebet teve na CPI da covid no Senado. Embora não fosse integrante fixa da comissão, ela participou dos principais depoimentos da CPI com uma postura contundente e crítica à gestão do governo Bolsonaro na pandemia. O principal obstáculo que a senadora deverá enfrentar é se tornar nacionalmente conhecida. "Ela é desconhecida fora de seu estado, o Mato Grosso do Sul. A CPI fez com que ela se tornasse conhecida por uma parcela pequena dos eleitores, aqueles que leem jornal, mas isso não é ainda suficiente", avalia Couto. Alessandro Vieira, pelo Cidadania Alessandro Vieira Lançado como pré-candidato pelo partido Cidadania, o senador Alessandro Vieira (SE), assim como Tebet, se destacou durante a CPI da covid no Senado. Ele também é apresentado pelo Cidadania como uma possível "terceira via" para evitar a polarização Bolsonaro-Lula. "Alessandro representa o pensamento do campo democrático à polarização existente entre Bolsonaro e Lula. É um sistema que não pode continuar pelo retrocesso e atraso que significam. É um senador que tem boa presença, com muito engajamento nas redes, uma postura de extrema competência e reconhecida pela opinião pública", defendeu o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, ao anunciar que Vieira seria candidato à Presidência pelo partido. Nascido em Passo Fundo, Vieira tem 46 anos, é delegado da polícia civil e novato na política, sendo eleito pela primeira vez senador em 2018 pelo Sergipe. Na época, ele declarou voto em Bolsonaro, mas depois disse que se arrependeu e se tornou um dos principais críticos do presidente na CPI da covid. "Me arrependo profundamente do voto no Bolsonaro. Faço parte de um grupo de milhões de brasileiros que, primeiro, estava movido por um sentimento de não votar no PT. Subestimei o mal que Bolsonaro poderia fazer. Imaginei que ele poderia ter um governo com uma equipe técnica forte que evitasse esses equívocos. E foi o contrário, temos ele submetendo a equipe técnica", disse Vieira em entrevista à BBC News Brasil em junho. Mas, apesar da projeção que ganhou na CPI, Vieira tem como obstáculo o fato de ainda não ser uma figura conhecida em todas as regiões do país "Ele teve um desempenho bom na CPI, que o tornou uma figura nacionalmente conhecida em alguma medida. Digo em alguma medida, porque quando vemos pesquisas de intenção de voto, muita gente não sabe quem ele é. Ele é conhecida por uma parcela mais elitizada, que acompanhou de perto os trabalhos da CPI", diz Couto, da FGV. Luiz Felipe D'Ávila, pelo Partido Novo Luiz Felipe D'Ávila CRÉDITO,NOVO O cientista político Luiz Felipe D'Ávila foi anunciado no dia 3 de novembro como pré-candidato do Partido Novo à Presidência da República. Em 2018, o partido surpreendeu em desempenho quando seu então candidato à presidente, João Amoêdo, terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 2,5% dos votos, à frente de candidatos como Henrique Meirelles e Marina Silva. Amoêdo, que chegou a anunciar voto em Bolsonaro no segundo turno, passou a defender o impeachment do presidente durante a pandemia. Ele chegou a ser lançado novamente como pré-candidato pelo Novo no início do ano, mas sua candidatura sofreu oposição de parcela dos integrantes do partido, sobretudo entre os que apoiam Bolsonaro. O partido, então, decidiu lançar Luiz Felipe D'Ávila. Ex-PSDB, D'Ávila coordenou o programa de governo do candidato tucano à Presidência Geraldo Alckmin em 2018, mas depois deixou o partido e recentemente se filiou ao Novo. Ele é crítico de Bolsonaro e Lula, e diz que os dois formaram governos "populistas de direita e esquerda". Ao ser lançado pré-candidato pelo Novo em cerimônia no dia 3 de novembro, ele defendeu privatizações e outras reformas para reduzir o papel do Estado na economia. "O populismo apenas perpetua a miséria, a pobreza, a corrupção e o mau funcionamento das instituições democráticas", disse. A dificuldade do partido Novo será tornar D'Ávila conhecido nacionalmente. Além disso, enquanto em 2018 o partido se beneficiou de um forte movimento de rejeição da política e de busca por quadros novos, a eleição de 2022 tende a ser menos focada na busca pelos chamados "outsiders". Rodrigo Pacheco, pelo PSD Rodrigo Pacheco Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco se filiou em outubro ao PSD, partido do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Embora a pré-candidatura ainda não esteja confirmada, alguns dias antes da cerimônia de filiação de Pacheco, Kassab disse que a ideia é que o senador seja o candidato pelo partido. "Rodrigo mostrou que tem talento e sabedoria para a vida pública. Se Deus quiser ele é o próximo presidente do Brasil. O PSD está pronto para abraçar suas propostas", disse o ex-prefeito de SP. Na cerimônia de filiação, Pacheco defendeu, em discurso, que é preciso acabar com a "divisão" na sociedade brasileira. "Hoje, estamos todos cansados e descrentes. Estamos cansados de viver em meio a tanta incerteza, a tanta incompreensão e intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro, nunca irá chegar a lugar algum", disse. Mas o senador não quis confirmar se será candidato e disse que "tudo tem seu tempo". Pacheco enfrenta como principal obstáculo o fato de ser desconhecido do público em geral. "Ele é conhecido por quem acompanha a política muito de perto. O presidente da Câmara, Arthur Lira, está mais no noticiário- um noticiário negativo muitas vezes, mas que o torna mais conhecido", destaca o professor Claudio Couto.

sábado, 4 de dezembro de 2021

ACORDA MANÉ SEM CHORO NEM VELA.

Reforma da previdencia Agora é para valer, a Reforma da Previdência já está valendo e esse é um momento decisivo no Brasil, pois impacta a vida de todos. Vou deixar preto no branco tudo que foi decidido, a crueldade da reforma e como isto vai impactar sua vida. Te convido também a baixar o nosso e-book completo sobre todas as mudanças da Reforma da Previdência. Em um dos casos que você vai ver, o trabalhador pode ter um prejuízo de R$ 500.000. (Você leu certo, quinhentos mil reais). 1. Nova aposentadoria: Idade e tempo de contribuição 2. O valor das aposentadorias diminuiu 3. Alíquota nova e o impacto no seu salário 4. Nova Aposentadoria Especial: Missão impossível 5. Mais erros que nunca: as 8 regras de transição 6. Como analisar a melhor aposentadoria após a Reforma da Previdência? 7. A pensão por morte encolheu 8. Aposentadoria por incapacidade permanente 9. O que não mudou com a Reforma da Previdência? 10. O que vem pela frente? 1. Nova aposentadoria: Idade e tempo de contribuição Aposentadoria Por Idade e Contribuição A Reforma da Previdência juntou as antigas aposentadoria por tempo de contribuição e aposentadoria por idade. Agora você precisa de idade e tempo de contribuição. Trabalhador privado urbano Para a mulher 62 anos idade. 15 anos tempo de contribuição. Para o homem 65 anos idade. 20 anos tempo de contribuição. Trabalhador servidor público Para a mulher 62 anos idade. 25 anos tempo de contribuição. 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo. Para o homem 65 anos idade. 25 anos tempo de contribuição. 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo. Trabalhador rural (não muda) Para a mulher 55 anos idade. 15 anos tempo de contribuição. Para o homem 60 anos idade. 15 anos tempo de contribuição. Professor Privado Para a mulher 57 anos idade. 25 anos tempo de contribuição como professor. Para o homem 60 anos idade. 25 anos tempo de contribuição como professor. Professor Servidor Público Para a mulher 57 anos idade. 25 anos tempo de contribuição como professor. 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo. Para o homem 60 anos idade. 14 anos tempo de contribuição como professor. 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo. Muita gente vai demorar muitos anos para conseguir se aposentar agora. A idade média dos clientes do escritório em 2018 era 51 anos. Isso quer dizer que com o tempo e a nova aposentadoria, as pessoas podem demorar 10 ou mais anos para se aposentar. 2. O valor das aposentadorias diminuiu Valor das Aposentadorias Depois da Reforma A regra de cálculo das aposentadorias antes da Reforma da Previdência era a média 80% dos maiores salários. Com a reforma, o cálculo das novas aposentadorias passa para a média de 100% dos salários. Em alguns casos, somente essa alteração pode diminuir em 15% o valor de uma aposentadoria. Essa regra vai afetar com mais força quem: Pagou INSS alguns anos como contribuinte individual pelo salário mínimo. Ganhou menos em algum período da vida (quase todo mundo). Ela só não vai fazer muita diferença para quem ganhou o salário mínimo a vida inteira. Mas não acaba por aqui. Novo redutor de benefícios Depois da média, criaram um novo redutor de aposentadorias. Todos vão receber 60% desta média + 2% por ano de contribuição acima dos 15 anos de tempo de contribuição para a mulher e +2% por ano de contribuição acima dos 20 anos de tempo de contribuição para o homem. Lendo assim não dá para visualizar a crueldade desta regra. Mas vou te mostrar com cálculos para você ver a diferença. Exemplo Real: Veja o caso do Paulo: 15 anos de tempo de contribuição. 65 anos de idade em 2019. Pagava R$ 5.000 de INSS. O valor da aposentadoria por idade dele pela regra antiga de cálculo (antes da reforma): R$ 4.761,03. O valor da aposentadoria com a nova regra de cálculo (após reforma): R$ 3.379,30. A diferença é R$ 1.380,00. Para mais detalhes sobre cada aposentadoria que mudou, confira o post 9 aposentadorias depois da Reforma da Previdência. 3. Alíquota nova e o impacto no seu salário A Reforma da Previdência também alterou as alíquotas do INSS (contribuição previdenciária). Quem recebe menos de R$ 2.500, vai pagar um pouco menos para previdência. Quem recebe mais de 2.500, vai pagar mais para previdência. Observação: essas novas regras são válidas para os servidores públicos federais, empregados CLT, empregados domésticos e trabalhadores avulsos. Quanto você vai pagar de contribuição previdenciária? As novas alíquotas são progressivas, assim como o Imposto de Renda, e o percentual é aplicado apenas à parcela do salário que se enquadrar em cada faixa. INSS Até o teto do INSS, a alíquota é a mesma para o trabalhador privado ou público. Faixa de salário Alíquota aplicada Alíquota efetiva Até um salário-mínimo (R$ 1.100,00 em 2021) 7,5% 7,5% De R$ 1.100,01 a R$ 2.203,48 9% 7,5% a 8,25% De R$ 2.203,49 a R$ 3.305,22 12% 8,25% a 9,5% De R$ 3.305,23 a R$ 6.433,57 (Teto do Regime Geral de Previdência Social – RGPS) 14% 9,5% a 11,69% De R$ 6.433,58 a R$ 11.017,42 14,5% 11,69% a 12,86% R$ 11.017,43 a R$ 22.034,83 16,5% 12,86% a 14,68% R$ 22.034,84 a R$ 42.967,92 19% 14,68% a 16,79% A partir de 42.967,93 22% mais de 16,79% Observação: estas alíquotas de contribuição são referentes ao ano de 2021. Acima do teto do INSS, o trabalhador privado continua pagando somente sobre o teto do INSS (em 2021 isso significa um máximo de R$ 751,99 de contribuição previdenciária). Servidores Públicos Nos casos dos servidores públicos, as alíquotas são as mesmas do INSS, mas ela continua crescendo… Faixa de salário Alíquota aplicada Alíquota efetiva Até um salário-mínimo (R$ 1.100,00 em 2021) 7,5% 7,5% De R$ 1.100,01 a R$ 2.203,48 9% 7,5% a 8,25% De R$ 2.203,49 a R$ 3.305,22 12% 8,25% a 9,5% De R$ 3.305,23 a R$ 6.433,57 (Teto do Regime Geral de Previdência Social – RGPS) 14% 9,5% a 11,69% De R$ 6.433,58 a R$ 11.017,42 14,5% 11,69% a 12,86% R$ 11.017,43 a R$ 22.034,83 16,5% 12,86% a 14,68% R$ 22.034,84 a R$ 42.967,92 19% 14,68% a 16,79% A partir de 42.967,93 22% mais de 16,79% Quer saber quanto pagar de contribuição? Nada melhor do que saber quanto você deve recolher ou o valor que você terá descontado na sua folha de pagamento no início do mês, não é? Se você se interessou, basta acessar o nosso conteúdo. Tabela de Contribuições do INSS 2021 4. Nova Aposentadoria Especial: Missão impossível Aposentadoria Especial com a Reforma Agora é oficial. Querem exterminar a aposentadoria especial do Brasil. Ela continua existindo? Sim. Tem como se aposentar com ela? Quase impossível. As regras da Aposentadoria Especial com a Reforma da Previdência ficaram assim: Para a atividade especial de menor risco 25 anos de atividade especial. 60 anos de idade. Para a atividade especial de médio risco 20 anos de atividade especial 58 anos de idade. Para a atividade especial de maior risco 15 anos de atividade especial 55 anos de idade. Isso significa que a maior parte dos trabalhadores de atividade especial vão ter que esperar mais 10 ou 15 anos para se aposentar. Aqui no escritório, é 47 anos a média de idade de quem consegue uma aposentadoria especial, com atividade de menor risco. Alguém que já trabalhou 25 anos com atividades insalubres agora pode precisar de mais 10 ou 15 anos para conseguir uma aposentadoria especial. Algo praticamente insustentável para trabalhos insalubres e periculosos. Como ficam as atividades periculosas? Com a Reforma da Previdência, as atividades periculosas quase deixaram de ser consideradas como atividade especial. Mas no final do segundo tempo, na votação das emendas da reforma da previdência pelo senado, esta mudança ficou de fora. Então a periculosidade continua valendo como atividade especial. O que ficou decidido é que em caráter de urgência vão regulamentar o que vai ser considerado atividade periculosa. Agora temos que aguardar esta regulamentação para saber se alguma classe vai ser prejudicada. Essa questão está sendo discutida no Projeto de Lei Complementar (PLC) 245/2019. Porém, até o momento (2021), ela ainda não foi debatida entre os senadores. Aposentadoria Especial por Periculosidade | Como Conseguir? A conversão de tempo especial para tempo comum? Mais uma triste mudança é que não será mais possível fazer a conversão de atividade especial trabalhada após a reforma para aposentadoria de tempo de contribuição. Nesse ponto a Reforma da Previdência foi muito cruel. Significa que todo o período de atividade especial pós-reforma ou é usado para conseguir uma aposentadoria especial ou não faz diferença alguma para antecipar ou melhorar o valor de outras aposentadorias. Isso afeta quem não aguentou continuar da atividade especial, ficou desempregado ou precisou trocar de profissão. Importante dizer que isso é válido para as atividades especiais exercidas após a vigência da reforma da previdência (13/11/2019). Para os períodos de trabalho especial antes da reforma, você tem direito adquirido e pode fazer a conversão do período que você trabalhou antes da reforma da previdência entrar em vigor. 5. Mais erros que nunca: as 8 regras de transição São muitas regras de transição. Muitos detalhes para analisar. Muitas possibilidades para se confundir. A Reforma da Previdência veio com 8 regras, no total. Se com meia dúzia de possibilidades eu já via análises que prejudicavam os aposentadorias (do INSS e de servidores públicos). Com 3 vezes mais possibilidades, as análises mal feitas vão começar a pipocar por todo lado. #1 Regra de Transição dos Pontos Como funciona a Regra de transição por pontos Para quem estava mirando a aposentadoria por pontos nos próximos 3 a 5 anos. Para a mulher sem idade mínima. 30 anos tempo de contribuição. 86 pontos +1 ponto por ano, a partir de 2020, até chegar em 100 em 2033 Para o homem sem idade mínima. 25 anos tempo de contribuição. 96 pontos +1 ponto por ano, a partir de 2020, até chegar em 105 em 2028 Pontos é o somatória da idade e tempo de contribuição. Alguém com 50 anos de idade e 35 anos de tempo de contribuição tem o total de 85 pontos (50 de idade + 35 de tempo de contribuição). A princípio, esta regra de transição parece muito com a regra anterior à reforma da previdência. Mas aqui os pontos aumentam todo o ano, o que torna cada vez mais difícil conseguir se aposentar nesta regra. Olha uns exemplos: Quem faltava apenas 3 anos para fechar os pontos, agora vai trabalhar mais 5 anos. Quem faltava apenas 4 anos, vai trabalhar mais 7 anos. Quem faltava apenas 5 anos, vai trabalhar mais 10 anos. E para piorar, é claro que o cálculo não é vantajoso. O cálculo dessa aposentadoria é a média dos 100% salários multiplicada pelo novo redutor de aposentadorias. #2 Regra de Transição da aposentadoria por Idade Regra de transição da Aposentadoria por Idade com a Reforma da Previdência Para quem estava quase se aposentando por idade. Para a mulher 60 anos idade + 6 meses por ano até chegar em 62 anos em 2023. 15 anos tempo de contribuição. Para o homem 65 anos idade. 15 anos tempo de contribuição. Os requisitos para esta regra de transição são idênticos à aposentadoria por idade antes da reforma da previdência. Com o tempo a idade mínima da mulher vai aumentando até chegar em 62 anos. Mas não se iluda, diferente da aposentadoria por idade antes da reforma, esta regra tem uma grande piora na forma de cálculo. O cálculo desta aposentadoria é a média dos 100% salários multiplicado pelo novo redutor de aposentadorias. Como eu mostrei no começo do post, a mudança desta regra pode dar um prejuízo de mais de R$ 1.000 mensais. #3 Regra de Transição da Idade com Tempo de Contribuição Regra de Transição por Idade Progressiva e Tempo de Contribuição com a Reforma da Previdência Para quem estava perto da aposentadoria por idade e quase fechava os requisitos para a aposentadoria por tempo de contribuição. Para a mulher 56 anos idade + 6 meses por ano, a partir de 2020, até chegar em 62 anos em 2031. 30 anos tempo de contribuição. Para o homem 61 anos idade + 6 meses por ano, a partir de 2020, até chegar em 65 anos em 2027. 35 anos tempo de contribuição. Não tem segredo nenhum aqui. Fechou a idade e tempo de contribuição, pode se aposentar nesta regra. O cálculo desta aposentadoria é a média dos 100% salários multiplicada pelo novo redutor de aposentadorias. #4 Regra de Transição do Pedágio 50% Regra de transição do pedágio de 50% com a Reforma da Previdência Para quem iria conseguir uma aposentadoria por tempo de contribuição em menos de 2 anos. Essa regra é válida apenas para quem, no momento da promulgação da reforma, precisava de 2 anos ou menos de tempo de contribuição para se aposentar. Para a mulher Sem idade mínima. 30 anos tempo de contribuição. Ter no mínimo 28 anos de tempo de contribuição na promulgação da reforma. pedágio de 50% para o que faltava para se aposentar na promulgação da reforma. Para o homem Sem idade mínima. 35 anos tempo de contribuição. Ter no mínimo 33 anos de tempo de contribuição na promulgação da reforma. pedágio de 50% para o que faltava para se aposentar na promulgação da reforma. A regra do pedágio é bem simples. Se faltavam 2 meses para você conseguir a aposentadoria por tempo de contribuição. Agora você precisa cumprir os 2 meses + 1 mês de pedágio. Se faltavam 2 anos. Agora são 2 anos + 1 ano de pedágio. Para o tempo que faltava para você se aposentar, coloque mais metade. O cálculo desta aposentadoria é a média dos 100% salários multiplicado pelo fator previdenciário. Diferente das outras regras de transição, aqui o que vale é o fator previdenciário e não o novo redutor. #5 Regra de Transição do Pedágio 100% Regra de transição do pedágio de 100% com a Reforma da Previdência Possibilidade que para algumas pessoas pode garantir uma aposentadoria melhor que a regra antes da reforma. Para a mulher 57 anos idade. 30 anos tempo de contribuição. Pedágio de 100% para o que faltava para se aposentar na promulgação da reforma. Para o homem 60 anos idade. 35 anos tempo de contribuição. Pedágio de 100% para o que faltava para se aposentar na promulgação da reforma. A grande vantagem desta regra de transição é que o cálculo é a média dos 100% salários SEM o novo redutor de aposentadorias. Em alguns casos, esta aposentadoria pode ser melhor que a regra antiga da aposentadoria. Principalmente para quem tinha uma contribuição alta e homem que se aposentar antes dos 65 anos de idade e mulher que se aposentar antes dos 60 anos de idade. Isso porque nesta regra de cálculo não existe nem o novo redutor de aposentadorias, nem o fator previdenciário que prejudicava as aposentadoria por tempo de contribuição. Este é um dos grandes motivos que vale a pena analisar todas as possibilidades de aposentadoria antes de qualquer pedido. #6 Regra de Transição da Aposentadoria Especial Regra de transição da aposentadoria Especial Para quem trabalha em condições insalubres ou periculosas. Para a atividade especial de menor risco 25 anos de atividade especial 86 pontos. Para a atividade especial de médio risco 20 anos de atividade especial 76 pontos. Para a atividade especial de maior risco 15 anos de atividade especial 66 pontos Esta regra é a mais cruel. Olha o exemplo da Amanda. Amanda tem 44 anos de idade e iria se aposentar em 2020 com uma aposentadoria especial (com 25 anos como metalúrgica). Agora que a reforma da previdência foi aprovada, ela vai ter que esperar até 2029 para se aposentar. Quer dizer que alguém que faltava apenas 1 anos para se aposentar, vai ter que esperar 10 anos para conseguir a aposentadoria especial. Para um trabalhador que iria se aposentar com R$ 4.000, isso significa que nesses 9 anos a mais de espera ele vai deixar de ganhar R$ 468.000 reais por causa da reforma da previdência. E, além de perder quase meio milhão de reais, ele vai ter uma aposentadoria menor. Isso porque a regra de cálculo segue a mesma lógica das demais: 100% da média com o novo redutor, que é 60% + 2% de acréscimo para a mulher por ano de atividade especial acima dos 15 anos de atividade especial e é 60% + 2% de acréscimo para o homem por ano de atividade especial acima dos 20 anos de atividade especial. A exceção de cálculo fica apenas com atividade especial de maior risco (minas subterrâneas), que tanto a mulher quanto o homem tem 60% + 2% de acréscimo por ano de atividade especial acima dos 15 anos de atividade especial. ontribuição e idade. Aposentadoria com regra de transição somente da idade. Aposentadoria com regra de transição do pedágio 50%. Aposentadoria com regra de transição do pedágio 100%. Aposentadoria com regra de transição dos pontos progressivos. Aposentadoria com regra de transição da idade com tempo de contribuição. Aposentadoria por tempo de contribuição pelo direito adquirido. Aposentadoria por pontos pelo direito adquirido. Aposentadoria por idade pelo direito adquirido. Olha que aqui estão apenas as espécies comuns para trabalhadores privados urbanos. Não estou considerando casos que tenham: Atividade especial. Serviço público. Tempo rural. Nem estou considerando alguns casos que ainda podem se aposentar com as regras de transição da reforma de 1998. Isso quer dizer que você precisa analisar com cuidado qual é a melhor opção para você. Em alguns casos, a regra de transição pode ser até melhor que as regras antigas de aposentadoria (regra de transição do pedágio 100%). Aqui no Ingrácio Advocacia, nós usamos para as análises previdenciárias, passando por todas as possibilidades o software Cálculo Jurídico. Ele é usado por mais de 3.000 escritórios previdenciários, já está atualizado com a reforma e um dos seus fundadores também é sócio do Ingrácio Advocacia, Rafael Ingrácio. Minha recomendação após a reforma é não dar entrada ou aceitar uma aposentadoria antes de calcular todas as 9 ou mais possibilidades de aposentadorias. Você tem que ter certeza qual é a melhor para o seu caso. Você precisa ter certeza: Se você tem direito adquirido ou pontos a serem discutidos anteriores à reforma da previdência. Qual é a melhor aposentadoria ou regra de transição para o seu caso. Qual é o melhor momento para requerer a aposentadoria. Agora ou segurar um pouco para uma aposentadoria melhor. Vá atrás dessas informações para tomar uma decisão segura que vai te acompanhar o resto da sua vida. 7. A pensão por morte encolheu Valor de pensão por morte ficou baixo A fórmula de cálculo mudou. Foi um tiro de canhão e ela quase morreu. Com a Reforma da Previdência, a pensão por morte não é mais 100% dividido entre os dependentes. Se valor fica é 50% + 10% por dependente até o máximo de 100%. Desta forma: 2 dependentes: cada um recebe 35%; 3 dependentes: cada um recebe 26,6%. 4 dependentes: cada um recebe 22,5%. 5 dependentes: cada um recebe 20%. Mais de 5 dependentes, o valor de 100% é dividido pelo número de dependentes. É uma grande redução no valor das pensões. Este ponto já passou por votações inúmeras vezes nos últimos anos e agora este pesadelo passa a ser verdade para as famílias. Quando um dependente deixa de receber a pensão, o valor de 10% correspondente a quota dele não é revertido para os demais dependentes. Exemplo: uma pensão com morte com 2 dependentes. Cada um recebe 35%. Se um dos dependentes para de receber o benefício, o outro receberá apenas 60% e não 70% que era a soma total do benefício. Há também exceções para dependentes inválidos ou com deficiência intelectual e para acumulação de benefícios. Eu explico todos esses detalhes no post exclusivo sobre a Pensão por Morte após a Reforma da Previdência. Não deixe de conferir. 8. Aposentadoria por incapacidade permanente A antiga aposentadoria por invalidez virou aposentadoria por incapacidade permanente. Os critérios para conceder ela continuam iguais. O que muda é a forma de cálculo do valor desta aposentadoria: da o benefício. Antes era a média dos 80% maiores salários de contribuição. Agora é a média de todos os salários multiplicado pelo redutor de 60% + 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos, para os homens, ou que exceder 15 anos, para as mulheres. Para casos de acidente de trabalho ou doenças profissionais ou do trabalho, o cálculo do benefício deixa de ser a média dos 80% maiores salários e passa a ser a média de todos os salários de contribuição. Isso pode diminuir em mais de 10% o valor do benefício. A diferença, nos casos de acidentes de trabalho e doenças profissionais/do trabalho, não é aplicado o redutor. 9. O que não mudou com a Reforma da Previdência? Aposentadoria por Incapacidade Aposentadoria Rural A aposentadoria do trabalhador rural até no começo foi alvo de grandes propostas de alterações como o aumento da idade mínima para as mulheres para 60 anos e no tempo de contribuição que iria aumentar em mais 5 anos (60 meses) para ambos os sexos. Mas essa proposta não passou nem pela Câmara nem no Senado. Amparo assistencial / LOAS / BPC Outra coisa que gerou burburinho foi a possível mudança no Benefício de Prestação Continuada, que possui vários nomes como LOAS, BPC ou amparo assistencial. Este benefício não vai ser afetado pela Reforma e continuará com as mesmas características antes da PEC: Direito do idoso a partir de 65 anos e pessoas com deficiência. Comprovação de baixa renda. E valor fixo de um salário mínimo. Sem décimo terceiro. 10. O que vem pela frente? Agora que eu já te mostrei o que foi discutido e aprovado na Reforma da Previdência, você já está por dentro das mudanças. Mas a reforma da previdência não acaba por aqui. Na verdade, ela está começando. Agora os entendimentos judiciais, resoluções administrativas e teses revisionais vão começar a surgir. Isso pode modificar o entendimento da lei, criar oportunidade para revisões e influenciar suas aposentadorias. ​​ Continue acompanhando nosso blog para ficar por dentro das novidades e comentários aprofundados sobre cada mudança nas próximas semanas. Para ter em mãos um guia prático sobre a Reforma da Previdência e regras de transição, baixe o e-book completo sobre todas as mudanças da Reforma da Previdência. Receba Novidades Exclusivas sobre a Previdência Direto de Especialistas Entre na nossa lista e junte-se a mais de 37.000 pessoas Nome* Seu primeiro nome Email* Seu e-mail Sobre qual assunto você deseja receber atualizações?*