Evangélicos migram para igreja gay em SP
Fiéis lotam primeira igreja gay de São Paulo no culto de estreia.
A igreja lotou no sábado à noite de gays, lésbicas, travestis,
transgêneros. Eram uns 500, em trajes que iam do terno e gravata até as
plumas e paetês dos travestis que deram o ar da graça no templo,
localizado no bairro do Tatuapé, zona leste de São Paulo.Culto de estreia da Igreja Contemporânea em São Paulo, viam-se aqui e
ali, também, uns gatos pingados heterossexuais (em geral familiares de
gays convertidos).Fundada há seis anos pelos pastores Fabio Inacio de Souza e Marcos
Gladstone, casados desde 2009 e há dois anos pais adotivos dos meninos
Felipe, 7, e Davidson, 9, a Contemporânea entra no disputado mercado da
fé oferecendo mercadoria rara entre religiosos em geral: a aceitação
total da homossexualidade."Somos contra a demonização do público gay, patrocinada por evangélicos
como o deputado-pastor Marco Feliciano [PSC-SP] e por Silas Malafaia",
diz Fabio Inacio, 33, que descobriu ser homossexual ainda criança e
viveu "dentro do armário" até os 24, quando se assumiu.Ainda enrustido, ele conseguiu durante quatro anos manter-se como pastor
da Igreja Universal do Reino de Deus. Nunca se sentiu discriminado,
diz. "A maior discriminação contra mim era eu mesmo que fazia, por não
corresponder àquilo que minha família e minha religião esperavam de mim.
Eu sofri isso durante toda a minha infância e adolescência."
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