Festival Lula Livre no Rio
Público começa a chegar aos Arcos
da Lapa para acompanhar diversas atrações culturais em nome da
libertação do ex-presidente Lula e pela realização de eleições livres no
Brasil
por Tiago Pereira, enviado ao Rio*
publicado
28/07/2018 17h30,
última modificação
28/07/2018 18h15
Tiago Pereira / RBA
Artistas tocam e dançam em defesa da democracia e do direito de Lula participar das eleições deste ano
Rio de Janeiro – Nos arredores dos
Arcos da Lapa, um dos berços da cultura popular carioca, apoiadores do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começam a chegar para participar
do Festival Lula Livre na tarde deste sábado (28). No céu, tremulam
pipas brancas e vermelhas que simbolizam o desejo de por eleições livres
e pela liberdade de Lula, mantido há mais de cem dias como "preso
político" , segundo trabalhadores, militantes, artistas e simpatizantes
que participam do evento.
Na Tribuna Popular, as pessoas manifestam em
forma de arte a sua indignação. O médico Dylvardo Costa Lima, que
participa do coletivo Médicos pela Democracia, veio de Fortaleza para
deixar o seu recado "Pela Liberdade", em forma de poesia. "Se prender,
tem que ter prova, porque gente não é que nem gado. Porque a ação da
nossa Justiça, se não for submissa tem que esperar o trânsito em
julgado", são algumas das estrofes da poesia.
"O que nós move é a injustiça. O povo quer o
Lula, e a Justiça não prova nada contra ele. A gente tem que fazer
alguma coisa. Eu sou muito inquieto, por isso fiz questão de vir aqui de
todo jeito", diz o médico e poeta cearense.
"O governo Lula foi o que mais deu atenção para a
cultura negra e popular, por isso que a gente está aqui hoje", afirma a
jovem Ayesca Mayara, de 23, poetiisa da favela, da companhia Pacinho
Carioca, que também deixou o seu recado contra o genocídio e as
injustiças que são cometidas contra a juventude negra nas favelas. "A
cada 23 minutos, um jovem negro é assassinado nas favelas do Rio",
afirmou ela.
Enquanto aguardam as atrações do palco
principal, que contará com shows de Chico Buarque, Gilberto Gil, MC
Carol, Beth Carvalho, Odair José e dezenas de outras atrações, o público
confere apresentações do Palco Música, com artistas populares que
entoam canções de protesto.
"O Brasil só começou a ser respeitado lá fora a
partir do Lula", diz o músico paraense Rafael Lima, que reside na Europa
há mais de 20 anos, e exige a presença do nome ex-presidente Lula nas
urnas . "Dia 15 (de agosto), a gente tem que ir para Brasília para
registrar e garantir a sua candidatura."
O bloco de carnaval Dalí Saiu Mais Cedo animou o
público com versões de Bela ciao, clássico da resistência italiana, a
russa Kalinka e Maracatu atômico, da banda Nação Zumbi.
"O Carnaval é e sempre será um ato político.
Lutar para preservar essa potência é lutar pela rua que sempre nos foi
tirada. Não vai ser o fascismo que vai nos obrigar a hastear a meio pau a
bandeira da liberdade", diz o porta-voz do bloco Dalí.
Uma batida de fiscais do TRE-RJ apreendeu
camisas e materiais impressos, inclusive uma bandeira do PT.
Manifestantes reclamaram de censura: "os partidos existem antes, durante
e depois das eleições", indignou-se a estudante universitária Júlia
Freitas.
A banda orquestra voadora comandou o coro "olê,
olê, olá, Lula, Lula" e "Lula livre", em meio às tradicionais marchinhas
e versões da música pop em ritmo de Carnaval.
Chico Díaz fala da importância de defender a liberdade de Lula
O ator Chico Díaz ao chegar ao local do festival disse que apoia a liberdade de Lula. Segundo ele, a luta pela liberdade de Lula significa “colocar o humano antes do mercado, e colocar o social antes dessa engrenagem perversa que está sendo criada (com o golpe institucional e midiático). O ator também disse que assumir uma postura de apoio ao campo progressista traz consequências e represálias, “mas a vida é essa, na vida tem o que a gente tenta ser, e como artista, ser testemunha do nosso tempo. Eu acho que é fundamental a gente se expor, claro que virão represálias, que virão problemas, mas não é de hoje”, respondeu, sorrindo.
O ator Chico Díaz ao chegar ao local do festival disse que apoia a liberdade de Lula. Segundo ele, a luta pela liberdade de Lula significa “colocar o humano antes do mercado, e colocar o social antes dessa engrenagem perversa que está sendo criada (com o golpe institucional e midiático). O ator também disse que assumir uma postura de apoio ao campo progressista traz consequências e represálias, “mas a vida é essa, na vida tem o que a gente tenta ser, e como artista, ser testemunha do nosso tempo. Eu acho que é fundamental a gente se expor, claro que virão represálias, que virão problemas, mas não é de hoje”, respondeu, sorrindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
FIQUE A VONTADE.