Ciro reage à Globo. Delação sem prova não vale
Reproduzo, abaixo, vídeo postado por meu velho companheiro de lutas,
Oswaldo Maneschy, em que Ciro Gomes se defende da acusação publicada
hoje em O Globo
de que “os executivos da empreiteira Galvão Engenharia” teriam relatado
que Lúcio Gomes, irmão do candidato “recebeu R$ 1,1 milhão em dinheiro
vivo e captou R$ 5,5 milhões via doações eleitorais oficiais para o
PSB” em troca da liberação de pagamentos de obras no governo do Ceará
na gestão de Cid Gomes também irmão do presidenciável.
Ciro, como toda pessoa, tem direito à presunção da inocência e
qualquer um que o acuse deve ter mais que uma simples delação. E salta
aos olhos que uma delação homologada em dezembro passado tenha sido
mantida em sigilo até hoje, para ser divulgada a 15 dias da eleição.
O episódio, repugnante, deve ajudar Ciro a entender que, quando se
faz o mesmo com outros, não se pode ter posturas dúbias. Ainda mais que,
tal como ele, Lula sempre teve uma vida dentro de padrões compatíveis
com o que recebia e não poderia ter sofrido, por conta de uma acusação
indeterminada, de um delator manipulado por Sérgio Moro, as ofensas que
recebeu e que, afinal, o tiraram do processo eleitoral.
Ciro teria todas as razões do mundo para indignar-se com aqueles que o
conhecem bem e, ainda assim, pusessem em dúvida sua honradez. E deve
entender que, pelas mesmas razões, isso vale para Lula.
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