MARINA CRESCE NAS PSQUISAS
Marina é mais do que uma “onda”, sugere pesquisa.
A pesquisa Ibope divulgada ontem (26) com
Dilma 34%, Marina 29% e Aécio 19%, mostra que a candidatura Marina
Silva é mais do que uma “onda” – uma imagem que sugere algo passageiro,
que vai e volta e não deixa mais do que rastros.
A associação de
Marina à palavra “onda” vem, na verdade, da campanha de 2010, quando por
essa altura da campanha (agosto), a então candidata do Partido Verde
tinha 7% dos votos, vindo a terminar o primeiro turno com quase o triplo
disso (19,3%) ou quase 20 milhões de votos. Foi a “onda verde”, que sob
muitos aspectos de fato desapareceu naquele momento, pois a candidata
abandonaria o PV logo depois.
Se “onda” – que sugere também um
fator surpresa – pode ter sido uma boa palavra quatro anos atrás, no
contexto atual ela parece deslocada.
Primeiro porque, a despeito da reviravolta provocada pela morte de
Campos, Marina já não é uma “surpresa”, no sentido em que há muito tempo
se conhece seu potencial eleitoral. O Ibope de ontem mostra Marina em
um patamar próximo ao que as pesquisas apontavam em abril (27%), quando
seu nome ainda era colocado nos questionários. A novidade, agora, é que
na simulação de segundo turno ela ganharia de Dilma com vantagem clara
(45% X 36%).
Antes de a campanha começar, antes de se definirem
as candidaturas, as pesquisas já apontavam Marina como a eleitora mais
influente do Brasil, atrás apenas de Lula e Joaquim Barbosa (este nos
surpreenderá declarando seu voto?).
Ou seja: Marina em 2014 já
parte de um patamar previsto por pesquisas há algum tempo que não
permitem classificá-la como uma “onda”. Talvez “vazante”, que pode
tanto se intensificar ou minguar conforme as luas e marés, e para
ficarmos em metáforas hídricas mais previsíveis, seja uma palavra melhor
para definir o que representará Marina na corrida eleitoral daqui para
frente.
Seja como for, Marina parece significar algo mais para o
eleitor em 2014 na comparação com 2010 – aparentemente “encarna” o
desejo de mudança expresso em todas as pesquisas de opinião nos últimos
12 meses e que até aqui não “desaguava” de forma clara em nenhuma
candidatura.
Seus adversários têm motivos de sobra para se
preocupar. Ela mostra potencial para avançar de forma consolidada nas
bases que mantém Dilma – os eleitores de menor renda (que formam 42% do
eleitorado) e os do nordeste --, bem como corroer o eleitor de Aécio no
Sudeste e nas faixas de renda mais altas.
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