pastor Marco Feliciano diz que há “600 terreiros de macumba batendo tambor” por ele contra ativistas gays.
Circula nas redes sociais um vídeo de uma pregação do pastor Marco
Feliciano no Clama Sul, evento cristão realizado em Maringá, Paraná, no
último dia 02 de novembro. Em seu discurso, o presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias (CDHM) afirma que existem “600 terreiros de
macumba batendo tambor” a seu favor, todas as sextas-feiras.
Feliciano falava sobre a crise que atravessou quando assumiu a
presidência da CDHM, e contou que recebeu a visita de um babalorixá em
seu gabinete. Surpreso, Feliciano imaginou que fosse sofrer uma
agressão, mas o homem afirmou que vinha em paz, para prestar apoio.
“Nunca houve tanta oração neste país. Nunca houve tantos crentes
anônimos mandando mensagem de Jesus dizendo: ‘protege o Pastor Marco
porque ele me representa naquele lugar’. O Brasil foi abalado pelas
orações, Igreja… Quem concorda com isso? Nos primeiros dias Edmar, no
meio daquele tumulto você assistiu reuniões na nossa Frente [Parlamentar
Evangélica], onde estava tudo nublado, não tinha o apoio de ninguém…
Meu partido tava quase ruindo porque não aguentava mais a luta […]
Entrou um homem na minha sala, um baita dum… Tenho que tomar cuidado
como falo… Um baita dum afrodescendente… Desse tamanho o cidadão […] O
cabelo black power. Quando eu olhei pra ele, empurrei minha cadeira e
pensei: ‘Tô frito! Não tão respeitando nem aqui mais’. Quando ele viu
que eu fiquei apavorado ele disse: ‘Fica tranquilo que minha vinda é de
paz’ […] Ele era um babalorixá […] ‘Vim do Rio de Janeiro através da
minha instituição. Nós temos 600 terreiros de macumba e a nossa
instituição pagou minhas passagens… Vim aqui dizer para o senhor que o
senhor nos representa, porque o senhor representa a família brasileira. E
pra te ajudar eu trouxe para o senhor a espada de São Jorge’ […] Olhei
pra aquele trem e pensei: ‘Eu pego ou não pego?’ [… ] Na hora de ir
embora ele voltou e disse: ‘Pastor, a partir de hoje ninguém mais toca
no senhor…’ Eu falei: ‘Por quê?’ Não devia ter perguntado… Ele voltou,
olhou para mim e disse: ‘A partir de hoje, toda a sexta feira, 600
terreiros vão estar batendo tambor para nossas entidades protegerem o
senhor’ […] Quando eu fui falar, Jesus falou comigo: ‘Quem não é contra
nós, é por nós’ […] Quando ele virou as costas, Jesus falou comigo:
‘Quando a Igreja não se levanta e não pode, eu levanto até demônio…”,
disse o pastor, em sua pregação.
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