Governo da Austrália pretende processar Assange
O WikiLeaks anunciou, nesta sexta-feira, a divulgação sem qualquer edição de 251 mil documentos diplomáticos do Departamento de Estado norte-americano a que teve acesso, tornando disponível todos os nomes de fontes diplomáticas. A atitude despertou críticas de veículos de imprensa que antes colaboravam com a organização, como o americano The New York Times e o britânico The Guardian, e pode valer punição. O que o governo da Austrália pretende processar o líder da organização, Julian Assange, informou The Guardian.
O governo australiano alega que a liberação das informações sem filtro permite a identificação de pessoas ligadas aos serviços de inteligência australianos, o que é considerado crime. Em sua defesa, o WikiLeaks alega que o objetivo da divulgação, que inclui material sobre Iraque e Kuait, é “lançar luz sobre 45 anos de diplomacia americana”.
Os veículos colaboradores, entre eles o espanhol El País e o alemão Der Spiegel, repudiaram o ato por meio de um comunicado conjunto. “Nossos acordos prévios com o WikiLeaks eram baseados no fato de que só publicaríamos documentos que tivessem sido submetidos a uma edição conjunta. Não podemos defender a desnecessária publicação dos dados completos. Na verdade, nos unimos para condená-la”, anunciaram os veículos.
Segundo The Guardian, o arquivo divulgado inclui milhares de documentos “protegidos”, ou seja, que contêm nomes de fontes que podem ser colocadas em perigo se identificadas. Por meio do Twitter, o WikiLeaks disse que as acusações do Guardian são “falsas”.
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