domingo, 22 de janeiro de 2017

CRISE e o FIM da ideologia política partidária no Brasil.


Nossa realidade política está bem distante da teoria utilizada para concepção político-partidária. É certo que temos garantido pela constituição federal o direito de votar e ser votado. Para tanto, os critérios estabelecidos segundo percepção dos legisladores está muito aquém do necessário para que tenhamos uma política da forma que realmente adequar-se-ia aos interesses individuais com fins coletivos, uma vez que, um partido é criado com o propósito de contemplar o que seria ideologicamente falando, suas propostas, numa linha de pensamento, que primasse por um caminho o qual se acredite ser o ideal defendendo geralmente um ponto de vista comum aos que venham integrar uma união de pessoas para defender o mesmo propósito. Os partidos foram então criados de acordo com um conjunto de orientações políticas que podem evoluir na medida em que o partido vai crescendo e o mundo se transformando. É esse conjunto de idéias que define se um partido é de esquerda ou direita ou centro... Porém, o que observamos é que esse conjunto de quesitos estabelecidos para concepção de um partido é esquecido quando necessário por em prática, o que acaba assim, sendo, o partido, apenas com meio (de preferência mais fácil) para conquista eleitoral. É notório que a maioria dos candidatos desconhece a ideologia de seus partidos, e, por isso, acabam por defender coisas que seriam antagônicas as orientações deles, pois, o que deveria ser buscada pelos políticos na hora de escolher um partido a ser defendido durante sua vida na condição de representante legal, tanto no  executivo ou legislativo, acaba sendo  esquecida quando se chega ao poder, ou quando as alianças são firmadas para se chegar  ou se manter  nele.

Partidos políticos e balcão de negócios


A democracia brasileira representada pelos partidos políticos faliu. É que as siglas, majoritariamente, não representam o povo ou os seus filiados, mas sim empresas e interesses particulares.

A Lava Jato escancarou essa relação entre empresas que realizam obras e serviços e o governo federal, o mesmo modelo que funciona nos estados e municípios brasileiros, com honrosas e raras exceções.

(Para confirmar, é só ler a lista da Odebrecht, por exemplo, e ver os nomes de políticos de quase todos os partidos e origens beneficiados com dinheiro, o simpático "faz-me rir".)

Já os pequenos partidos, aqueles batizados como sendo de aluguel, funcionam como agência de negócios, o velho, bom e perverso "quem dá mais". Esse é o nó da política brasileira há décadas.

Ou de olho no Fundo Partidário, cujos recursos são provenientes, basicamente, do orçamento da União. "5% dos recursos são divididos igualitariamente entre os partidos registrados no TSE, 95% do restante divididos considerando-se a proporcionalidade das agremiações partidárias no Congresso".

Portanto, a democracia representativa morreu e precisa ser transformada, recriada. Não há mais como o País ser gerido através do presidencialismo de coalizão. Pelo menos não com tantos partidos e com tanta influência empresarial e de negócios escusos ou suspeitos.

Só para termos uma noção, atualmente existem 35 partidos regularmente capazes de disputar uma eleição. Outros 20 lutam para coletar assinaturas e se credenciarem perante o Tribunal superior Eleitoral (TSE).

O povo quer mais, muito mais do que uma simples troca de chefe do Executivo. E quem não conseguir fazer essa leitura vai ser atingido pelo trem da história.

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