sábado, 20 de agosto de 2011

PT e PSDB juntos e misturados

Tucanos criticam aproximação do PSDB com Dilma

A aproximação entre o PSDB do governador Geraldo Alckmin e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso com a presidente Dilma Rousseff (PT) tem deixado descontentes tucanos de alta posição na legenda. O líder do PSDB no Senado, senador Álvaro Dias (PR) criticou a ideia de que os tucanos devam apoiar a presidente Dilma, abrindo até mão de fazer uma CPI dos Transportes.

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"Nós temos um papel, que é do regime democrático. O partido é eleito para governar e outros partidos para fazer a oposição, para fiscalizar. Abandonar essa trincheira seria um desserviço ao país", disse o senador tucano, criticando a chamada "faxina" da presidente Dilma: "eu, particularmente, não vejo ação direta da presidente para fazer uma assepsia completa, que culmine com a mudança de modelo. A causa é o modelo."
Segundo Dias, o governo "cresceu exorbitantemente para que se pudesse lotear os cargos entre os partidos aliados" e a CPI serviria para que a presidente tivesse provas dos problemas desse modelo.
"A nossa colaboração à presidente é fazendo oposição, é fazendo a CPI", disse Álvaro Dias.
O líder tucano considerou a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no lançamento do programa contra a miséria do governo federal como um gesto de "solidariedade":
"O presidente (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) acho que exerce o papel do solidário, de quem já foi presidente e conhece os ossos do ofício", disse o senador, que não teria sido procurado por Fernando Henrique para desistir da CPI.
Já os dois dias de encontros entre Alckmin e Dilma, e mesmo a carona no avião presidencial até São José do Rio Preto, foram vistos por Dias como "postura republicana". "Acho que temos de distinguir o que é atividade administrativa a atividade política. A boa relação é republicana. Não podemos confundir as coisas. Já no parlamento temos nosso dever, que é o de fiscalizar", afirmou.

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