Minha homenagem a Eric Clapton enquanto ele ainda está vivo.
A
foto acima exala tristeza. Um senhor de idade em uma cadeira de rodas,
ao lado de uma de suas filhas, tenta chegar ao balcão de uma companhia
no aeroporto de Los Angeles.
Aos
72 anos, Eric Clapton hoje é apenas um homem que sofre de neuropatia
periférica, uma doença do sistema nervoso que afeta os movimentos das
mãos e dos pés, provocando dores e dormência. Sim, um dos maiores
guitarristas de todos os tempos, que já foi chamado de “God” em inúmeras
pichações dos muros londrinos nos anos 60, é atualmente um senhor de
idade às voltas com sua saúde precária.
foto acima exala tristeza. Um senhor de idade em uma cadeira de rodas,
ao lado de uma de suas filhas, tenta chegar ao balcão de uma companhia
no aeroporto de Los Angeles.
Aos
72 anos, Eric Clapton hoje é apenas um homem que sofre de neuropatia
periférica, uma doença do sistema nervoso que afeta os movimentos das
mãos e dos pés, provocando dores e dormência. Sim, um dos maiores
guitarristas de todos os tempos, que já foi chamado de “God” em inúmeras
pichações dos muros londrinos nos anos 60, é atualmente um senhor de
idade às voltas com sua saúde precária.
Ele já havia falado a respeito disso em uma entrevista no ano passado à ótima revista Classic Rock, logo depois de ter lançado seu mais recente álbum, o excelente I Still Do – a respeito do qual escrevi aqui – ,
título que é uma clara referência ao esforço quase sobre-humano que
teve que fazer para completar as gravações. Imagino as dores lancinantes
que ele deve ter sentido na hora de gravar suas guitarras. Teve mesmo
que adiar a turnê que faria para promover o disco, avisando que vai
cumprir as datas em setembro próximo. Sinceramente? Eu duvido que ele
venha a conseguir…
Não
tenho dúvida de que Clapton sabe que não irá melhorar. Sabe também que a
velhice vai cobrar agora todos os excessos com cocaína e álcool, que
ele cheirou e ingeriu em proporções babilônicas durante toda a sua vida.
Pior deve ser a consciência de que tudo isso acontece agora, quando ele
está “limpo” há vários anos.
É
por isso que quero deixar este texto como uma homenagem a Clapton
enquanto ele está vivo. Assim como fiz em outras ocasiões, minha
intenção é oferecer a você que lê estas linhas neste exato instante uma
pequena reflexão a respeito da obra genial do guitarrista.
Seria muito fácil eu escrever a respeito dos ótimos álbuns que gravou com John Mayall, com o Cream – leia aqui –
e os compactos que lançou com os Yardbirds. Mais fácil ainda seria
escrever a respeito dos excelentes discos que Clapton lançou em sua
carreira solo, como 461 Ocean Boulevard (1974), Slowhand (1977), From the Craddle (1994) e até mesmo The Breeze (An Appreciation of JJ Cale), o tributo que lançou em homenagem a um de seus velhos parceiros – leia a respeito deste último aqui. Mais
difícil é “defender” álbuns que a grande maioria das pessoas detesta –
sem saber bem o motivo, como sempre – e que eu julgo tremendamente
injustiçados. Quer melhor homenagem que esta? Quem sabe até o próprio
Clapton ficaria contente, né?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
FIQUE A VONTADE.