terça-feira, 30 de maio de 2017

O INFERNO ASTRAL DE AÉCIO AGORA A BRIGA É COM O CRECI

Aécio é denunciado por não ter CRECI e tentar vender apartamento a Joesley.

 

BRASÍLIA – O Conselho Regional de Corretores de Imóveis confirmou na manhã de hoje a denúncia ajuizada contra o senador afastado Aécio Neves, por exercício irregular da profissão de corretor.
A denúncia se deu em razão da declaração do tucano, segundo o qual havia procurado Joesley Safadão do grupo JBS não para pedir propina, mas para tentar vender o apartamento em que sua mãe reside há mais de trinta anos.
Precisava de dinheiro para pagar os advogados, e como sou pobre, decidi procurar o Joesley para ver se ele queria comprar o apê da minha velha”, revelou Aécio à nossa reportagem.
Os representantes do CRECI, no entanto, afirmam que a venda de imóveis só pode ser realizada por quem tenha registro na referida entidade.
Se o encontro não foi motivado por propina, Aécio cometeu exercício ilegal da profissão”, declarou um corretor de imóveis.
Os advogado do tucano não quiseram adiantar qual será a tese de defesa de Aécio, mas juristas renomados de todo o país especulam que ele irá dizer no processo movido pelo CRECI que o encontro se deu para pedir propina, enquanto que alegará, no processo em que é acusado de pedir propina, que estava apenas exercendo ilegalmente a função de corretor.

EVASÃO ESCOLAR É A RAIZ DO CRIME E A VIOLÊNCIA APONTA ESTUDOS

Pesquisa identifica evasão escolar na raiz da violência extrema no Brasil



Direito de imagem Marcelo Camargo/Agência Brasil
Image caption Adolescentes recapturados após fuga de unidade de internação no Distrito Federal em 2015; estudo analisou formação de jovens violentos
Dois grupos de jovens de idade semelhante, todos homens, pobres e criados na mesma região. Um grupo vira matador e o outro, trabalhador. Por quê?
O sociólogo Marcos Rolim procurou essa resposta ao investigar a violência extrema, aquela que mata ou fere mesmo quando não há provocação nem reação da vítima. Modalidade que, acredita ele, está em alta no Brasil.
  • Como e por que as gangues dominaram as prisões dos Estados Unidos e do Brasil
Em experimento inédito no país, ele entrevistou um grupo de jovens violentos de 16 a 20 anos que cumpriam pena na Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul. Ao final, pediu que indicassem um colega de infância sem ligação com o crime e foi atrás dessas histórias.
Rolim esperava que prevalecessem, no grupo dos matadores, relatos de violência familiar e uso de drogas, mas outro fator se destacou: a evasão escolar (quando o aluno deixa de frequentar a escola). E, aliado a isso, a aproximação com grupos armados que "treinam" esses jovens a serem violentos.
Entre os que cumpriam pena, todos, sem exceção, tinham largado a escola entre 11 e 12 anos. E citavam motivos banais: são "burros" e não conseguem aprender, a escola é "chata", o sapato furado era motivo de chacota. Os colegas de infância continuavam estudando.
Ao comparar esses e outros casos (111 ao todo), incluindo dois grupos de presos jovens do Presídio Central de Porto Alegre, uns condenados por homicídio e outros por receptação, e alunos de uma escola de periferia sem histórico criminal, concluiu que o chamado "treinamento violento" respondeu por 54% da disposição para a violência extrema.
Em outras palavras, isso significa que sem a experiência do "treinamento violento" - aquela que ensina a manusear armas, bater antes de apanhar e exalta atos de violência - a disposição para esses crimes extremos cairia para menos da metade nos casos analisados.
As conclusões de Rolim, que foi vereador em Santa Maria (1983-1988), deputado estadual (1991-1999) e deputado federal pelo PT gaúcho (1999-2003) e hoje não tem filiação partidária, estão no livro recém-lançado A Formação de Jovens Violentos - Estudo sobre a Etiologia da Violência Extrema (editora Appris).
Direito de imagem Ramon Moser/Reprodução
Image caption Tese de doutorado em Sociologia de Marcos Rolim, publicada em livro, investigou a formação de jovens violentos no Brasil
"Muitos meninos que se afastam da escola são, de fato, recrutados pelo tráfico de drogas e são socializados de forma perversa. E isso provavelmente deverá se repetir se a pesquisa for reproduzida em outros locais, pois a diferença estatística foi muito forte", diz Rolim à BBC Brasil.
A conclusão prática, segundo o sociólogo, é que a prevenção da criminalidade deve levar em conta a redução da evasão escolar, aspecto que costuma ser negligenciado no Brasil quando o assunto é segurança pública.
Considerados os índices de evasão escolar, o cenário no Brasil seria, de fato, favorável à violência extrema.
Em 2013, por exemplo, uma pesquisa do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) mostrou que um a cada quatro alunos que inicia o ensino fundamental no país abandona a escola antes de completar a última série.
O Brasil figurava no estudo com a terceira maior taxa de abandono escolar entre os 100 países de maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), atrás apenas da Bósnia e Herzegovina e do arquipélago de São Cristóvão e Névis.

Razões da evasão

E por que as escolas não conseguem manter esses jovens na escola?
Embora o assunto não tenha sido foco da pesquisa, Rolim arrisca algumas possíveis explicações, a partir do contato com colegas que desenvolvem pesquisas em instituições de ensino.
A primeira, diz, é o despreparo de professores para lidar com alunos mais vulneráveis e problemáticos.
"O jovem de área de exclusão, que nunca abriu um livro e tem pai analfabeto, tem toda uma diferença de preparação, e grande parte dos professores não está preparada para lidar com ele", afirma.
Direito de imagem Karine Viana/Palacio Piratini
Image caption Fase (Fundação de Atendimento Socioeducativo) do Rio Grande do Sul; internos abandonam escola cedo, aponta pesquisa
Rolim cita como exemplo um caso recente registrado em Porto Alegre.
"A pesquisadora presenciou uma cena de indisciplina de um aluno de 10 anos em uma turma pequena; a professora conhecia todos. Ela disse ao menino: 'Tu vai ser bandido como seu pai'. Esse tipo de reação é inaceitável", conta.
Outra possível causa, segundo Rolim, está na falta de conexão das escolas com as comunidades em regiões violentas.
"Pelo medo do crime, a escola deixou de se relacionar com as comunidades nas periferias. Transformaram-se em bunkers com grades, cadeados, polícia na frente. Não prestam serviços, não abrem aos finais de semana, pais e parentes não a frequentam."
O terceiro problema seria a própria educação oferecida na escolas públicas.
"Basicamente, a mesma de 50 anos atrás", afirma o sociólogo.
"Hoje é impossível lidar com crianças conectadas, mesmo as mais pobres, do mesmo jeito. A escola se tornou espaço de pouco interesse e atração para o jovem das periferias", acrescenta.

Violência futura

Em 2015, último dado disponível, o Brasil registrou 170 assassinatos por dia - foram 58 mil homicídios naquele ano, número mais alto do que os de países em guerra. A taxa daquele ano, de 29 casos por 100 mil habitantes, insiste em não baixar.
Na visão de Rolim, o Brasil está "contratando violência futura" em escolas, prisões e nas próprias instituições policiais.
Nas prisões, isso se dá, segundo ele, pela reclusão por crimes patrimoniais.
Dados do governo mostravam que, ao final de 2014, 66% da população carcerária brasileira estava atrás das grades por crimes de drogas, roubos ou furtos - casos de homicídios eram apenas 10%. Jovens negros e de baixa escolaridade são maioria.
"Temos um perfil de encarceramento que não pega autores de crimes mais graves, e pegamos um monte de jovens pobres na periferia, pequenos traficantes e usuários, e vamos recrutando essas pessoas para as facções que atuam nos presídios", diz Rolim, para quem o Estado brasileiro é o "principal recrutador de mão de obra para as facções criminosas".
Direito de imagem Agência Brasil
Image caption Rebelião em presídio no Rio Grande do Norte; para pesquisador, prisões de jovens pobres da periferia flagrados com drogas e armas não surtem efeito positivo na segurança pública
E os homicídios continuam em alta - estudo recente do Fórum Brasileiro de Segurança Publica mostrou, por exemplo, que um em cada três brasileiros diz ter parente ou amigo vítima de assassinato - porque falta investigação e foco dos governos nesse problema, opina o pesquisador.
"A redução dos homicídios não é a prioridade número 1 em nenhum lugar do Brasil. Como grande parte das vítimas é pobre, não há pressão social para investigação. E você lança uma mensagem de que o crime compensa", afirma Rolim. Estudos costumam apontar que menos de 10% dos homicídios no Brasil resultam em condenação.
O investimento, avalia o especialista, deveria ser reforçado na repressão a homicídios e a crimes sexuais.
"E se for para continuar a política de repressão ao tráfico, temos que ir atrás de financiadores, rotas e usar muito mais inteligência do que em prisões em flagrante", argumenta.

Iniciativas de resultado

No meio do que classifica como "desgraça geral" das políticas de segurança no Brasil, Rolim destaca iniciativas voltadas a jovens que mostraram bons resultados na prevenção da violência.
O POD (Programa de Oportunidades e Direitos) RS Socioeducativo, criado em 2009 no Rio Grande do Sul, atende jovens infratores de 12 a 21 anos que deixam o sistema de internação.
Cada jovem passa a receber, por um ano, uma bolsa de meio salário mínimo (R$ 468,50), vale-transporte e alimentação, desde que frequente cursos de formação em áreas como informática, mecânica e manutenção predial.
Segundo o governo gaúcho, a cada dez jovens atendidos pelo programa, apenas três reincidem no crime.
No entanto, Rolim acredita que iniciativas semelhantes ainda sejam pouco divulgadas.
"A população gaúcha, por exemplo, pouco sabe da existência desse programa, porque gestores ficam provavelmente com medo de divulgar e serem criticados por 'estarem dando dinheiro a bandidos'", diz.
"Essa ideologização do tema da segurança pública é outro lado tenebroso dessa história; você acaba perdendo a capacidade de execução de políticas no setor", acrescenta.
A cidade de Canoas, na Grande Porto Alegre, criou o programa Cada Jovem Conta, que procura identificar jovens de escolas públicas com comportamento de risco para ações de prevenção à violência.
O jovem passa ser acompanhado por uma equipe de diferentes secretarias, como saúde, educação e assistência social, para que frequente atividades esportivas e culturais, entre outras.
A prefeitura de Canoas afirma que mais de 60% dos jovens atendidos melhoraram o desempenho escolar ou voltaram à escola, e suas famílias passaram a frequentar mais os serviços públicos locais.
Neste mês, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou um projeto do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) que altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para elevar de três para oito anos o tempo máximo de internação para jovens infratores.
A medida, que ainda deverá ter mais uma votação na comissão antes de ir à Câmara, valeria para atos infracionais análogos a crimes hediondos - como estupro e homicídio - cometidos com uso de violência ou grave ameaça.
Rolim diz concordar com o aumento do tempo de internação para um "perfil restrito de jovens" reincidentes, mas criticou a associação com crimes hediondos, que no Brasil incluem o tráfico de drogas.
"Isso colocaria a maioria dos jovens sob a possibilidade de (cumprir) oito anos de pena. Hoje se um jovem der um cigarro de maconha a outro, for flagrado e o ato for equiparado a tráfico, é crime hediondo. Elevar o tempo de internação não é problema, mas estabelecer isso para crimes hediondos é uma impropriedade absoluta", conclui.

ADEUS CASAMENTO, FABRICA SUIÇA CONSTROI A MULHER PERFEITA

Uma das versões masculinas da boneca Real Doll

Robôs que fazem sexo ficam mais reais e até já respondem a carícias




Uma das versões masculinas da boneca Real Doll
Imagem de divulgação mostra homem transando com robô True CompanionBoneca Real Doll, robô humanoide usado para fazer sexoAnita, personagem robô da série 'HumansJoe toca Anita, diz algumas palavras-chave lidas de um cartão e pergunta: "O que acontece agora?". Ela é um robô com feições humanas e responde: "O que você quiser". Eles fazem sexo. A cena é da série "Humans", do canal AMC, que teve a primeira temporada exibida neste ano e imagina como as relações se complicarão quando robôs se tornarem produtos acessíveis.
"Humans" não está assim tão longe da realidade –ao menos na questão sexual, o que levanta polêmicas sobre o uso de máquinas "inteligentes" para o prazer.
A companhia americana True Companion afirma ser a primeira do mundo a fornecer robôs sexuais. O modelo feminino Roxxxy é vendido desde 2010 (também há uma versão masculina).
O aparelho movimenta a cabeça e fala com o usuário ("Estou tão excitada", diz ela quando lhe tocam os seios, de acordo com um vídeo de demonstração). Também pode ter aparência customizada (o cliente escolhe suas características) e cinco opções de personalidade pré-programadas (da mais comportada à ousada). Os orifícios têm sensores e motores para permitir uma experiência mais realista. O preço: US$ 7.000.



Anita, personagem robô da série 'Humans'
"Robôs nunca estão aborrecidos e nunca trairão ou trarão doenças aos parceiros. O que nossos clientes querem é amor incondicional", diz à Folha o fundador da companhia, Douglas Hines, que não revela quantos robôs, feitos sob demanda, já vendeu.
A empresa Real Doll, também dos EUA, trabalha em uma nova versão de suas bonecas realistas, que já tiveram 8.000 unidades vendidas, inclusive para o Brasil –eles também vendem uma versão masculina.
O objetivo é permitir que os aparelhos, feitos em tamanho real de humanos, também respondam com expressões faciais às carícias dos donos.
"Tivemos consumidores que se casaram com suas bonecas, afirmando que elas salvaram suas vidas após a morte de um parceiro ou o fim do relacionamento", disse a empresa à Folha, em nota.
'ROBOFILIA'
Nem todo mundo vê essas "relações" com bons olhos. Em setembro, Kathleen Richardson, pesquisadora de ética em robótica da Universidade De Montfort (Reino Unido), lançou a campanha "Não Faça Sexo com Robôs".
Para ela, o tema está intimamente ligado à transformação de pessoas em objetos –as máquinas, segundo ela, reforçam os estereótipos e transformam as próprias pessoas em objetos.
"É perigoso organizar a sociedade em volta da despersonalização de alguns, porque seus corpos atendem aos desejos de outros usando mais poder e recursos", diz.
"Aqueles que promovem o sexo com robôs estão dizendo às pessoas que seria igual a ter um relacionamento com uma pessoa. É um absurdo: um robô só imita o comportamento humano."



Boneca Real Doll, robô humanoide usado para fazer sexo
O consultor em tecnologia britânico Ian Pearson, que alardeia ter um índice de acerto de 85% em suas previsões para o futuro, diz que é inevitável que, em algum tempo, transar com robôs seja tão comum quanto com humanos, popularizando a "robofilia".
"Pessoas certamente irão se apaixonar pelas máquinas e pela inteligência artificial –que pode, inclusive, retribuir", afirma o pesquisador, autor de um estudo divulgado neste ano sobre o assunto (leia mais abaixo).
Para ele, o diferencial das máquinas será a customização e a interatividade, por meio da inteligência artificial.
Todo esse desenvolvimento terá impacto na sociedade, levantando questões éticas. "De qualquer modo, não acho que as pessoas vão parar de ter famílias por causa dos robôs. O que pode acontecer é que uma pequena parcela da população, que não tem habilidades sociais, se vicie nessa prática", afirma Pearson.




segunda-feira, 29 de maio de 2017

AVEIRO NOTÍCIAS

Aveiro recebe Ambulâncha do Governo do estado


Nesta segunda feira (29) a Vice prefeita de Aveiro Conce Santiago recebeu em Belém uma Ambulâncha no valor de 166 mil e 500 reais, doada pelo Governo do estado para o município de Aveiro.

A vice prefeitá recebeu a lancha em um estaleiro, no local representantes da casa civil que entregaram a tão sonhada Ambulâncha para a vice prefeita.  Nossa reportagen em conversa com a assessoria da Casa Civil do estado que nos informou que a Ambulâncha sairá na próxima Quarta feira com destino a cidade de Aveiro.


Em conversa com o prefeito Vilson Gonçalves ele nos falou de sua alegria em poder receber a Ambulâncha que vai ser de uma utilidade sem tamanho para a população de Aveiro.  Ele também exaltou o nome da sua vice prefeita que segundo ele é uma grande parceira no governo do município, ela que recentemente estava no comando da secretaria de saúde mais depois de conversas com o prefeito ela teve que sair para assumir sua vaga de vice e ajudar o prefeito na condução do município.

Fonte : Elias Júnior Notícias

Trabalho e competência

sexta-feira, 26 de maio de 2017

VIDA DE GADO, CRIANÇA FELIZ

Flagrante de crianças transportadas de forma inadequada faz MP emitir recomendação ao prefeito de Rurópolis .

 Ministério Público do Estado do Pará, por meio da promotora de Justiça Mariana Sousa Cavaleiro de Macêdo Dantas, recomendou ao prefeito municipal de Rurópolis, Joselino Padilha, que atenda o que prescreve o Código de Trânsito Brasileiro e as resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) quanto ao transporte escolar".
 
A Recomendação foi emitida após a promotora de Justiça flagrar na quarta-feira (24), um veículo inapropriado que estava fazendo a condução de alunos da rede municipal de ensino. A prefeitura municipal de Rurópolis tomou conhecimento da recomendação nesta quinta-feira, e tem prazo de dez dias para tomar as medidas que atendam o recomendado pelo Ministério Público. “O transporte escolar em veículos inadequados coloca em risco a vida e a integridade de crianças e adolescentes”, ressalta o documento.
 
O MPPA recomenda a retirada de circulação dos veículos que não estejam adequados ao que prescreve o Código de Trânsito Brasileiro e as Resoluções do Contran, portanto, inaptos a prestarem o serviço de transporte escolar. Que seja mantida a prestação do serviço aos alunos matriculados na rede pública municipal que dele necessitarem, em veículos adequados ao que prevê o Código de Trânsito Brasileiro, devidamente inspecionados e autorizados pelo Departamento de Trânsito. 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

POR QUE A ELITE QUER LULA PRESO?

Reviraram Lula do avesso, "esfregaram-no no tanque de lavar roupas", "jogaram-no na máquina", "espremeram-no", "centrifugaram-no", mas nenhuma sujeira foi encontrada em seu currículo e sua honra.
Mas o ódio e aversão a Lula é grande e querem incriminá-lo a todo custo, ao seu talante, ainda que sem provas consistentes!

Para seus adversários políticos, exterminar a carreira política de Lula e macular o seu nome e imagem é questão de "honra". Honra essa ausente em quase todos eles. Parece haver algo maior que os move nessa sanha obcecada e psicopática, parece uma pressão, Lula seria uma espécie de guilhotina ameaçando seus pescoços, caso não seja exterminado.

O que está por detrás dessa psicopatia? Quem é o poderoso chefão, mandante e grande interessado nessa ação criminosa e desenfreada contra Lula?

O que, de fato, se esconde por trás disso?! Por que é tão importante achincalhar e destruir Lula, o homem mais cobiçado na política brasileira, admirado por todos, por aqueles que externam essa admiração com respeito e por aqueles que o persegue, também, por admiração?!

A diferença é que quem o persegue, o faz porque apesar de admirá-lo por sua capacidade de governar bem, não consegue digerir que esse mérito pertença a um nordestino de origem pobre, e pior, de forma renovadora e contrária às tradições, luta para que pobres galguem lugares de destaque, prestígio e reconhecimento.
 
Defender Lula das garras desses "predadores" sem moral e sem ética, e fazer valer os seus direitos é defender a democracia, é defender o Brasil e os interesses do povo brasileiro.

Está provado que o Brasil está e sempre esteve mergulhado na corrupção, a cada dia isso fica cada vez mais evidente, haja vista o atual "desgoverno".

Há alguns dias, Temer deu elemento ao STF para anular o golpe corrupto contra a presidente Dilma. Em uma declaração para seletos empresários americanos, Temer afirmou categoricamente, com todas as letras, que o "impeachment" só aconteceu porque Dilma Rousseff não se rendeu ao raquítico programa "Ponte para o Futuro", ou seja, foi tudo arquitetado, uma verdadeira maracutaia.

Como maracutaia tem prazo de validade, Temer prossegue descortinando o conluio que produziu o golpe e mais uma vez faz uma declaração bombástica, dessa vez revela mais um dos motivos que ocasionou o golpe, dando assim, mais um elemento robusto para que o STF anule esse catastrófico golpe contra o país.

Segundo Temer, "Se o PT tivesse votado em Eduardo Cunha naquele comitê de ética, seria muito provável que a senhora presidente continuasse na Presidência da República."
Essa confissão de Temer, em um país sério, onde as leis funcionassem de forma contundente e corajosa já seria o suficiente para que um processo fosse aberto e jogasse por terra todo esse golpe que vem destruindo o país sem dó e sem piedade.

Com tantos corruptos sendo delatados, com tantos elementos de acusações contra políticos dos mais variados partidos, acusações seríssimas, inclusive contra Michel Temer, todos os interesses estão voltados para destruir Lula - perseguição política e estado de exceção explícito!
Não há evidências de um interesse sincero no combate à corrupção, pois se assim fosse, todo esse empenho e esforço em destruir Lula, todo investimento com dinheiro público nessa já escancarada perseguição, estariam sendo usados para investigar a corrupção denunciada por delatores na própria operação Lava Jato.
Desesperados e frustrados em suas investidas contra Lula, tentam criminalizá-lo sem provas, tentam assassinar a sua imagem através da mídia golpista, porca e inimiga do Brasil que constrói uma narrativa prostituta e perversa nesse intento.
Não há crimes cometidos por Lula, pois não há provas, o que existe é uma sanha punitivista contra Lula e contra a democracia e isso é inconcebível, cabendo uma ação real e legítima do povo, nas ruas, dizendo NÃO ao estado de exceção, queremos justiça e não perseguição!

 

REDE GLOBO E DELATORES VOLTAM ATRAS E DIZEM QUE LULA É INOCENTE

Delator corrige cobertura da imprensa sobre as reuniões de Lula na Petrobras.

 O ex-diretor da Lava Jato Paulo Roberto Costa corrigiu "espontaneamente" as informações divulgadas pela grande mídia, em parceria com a Lava Jato, sobre as reuniões de Lula na Petrobras durante seus dois mandatos. A agenda do ex-presidente na estatal foi usada pela força-tarefa para insinuar que Lula mentiu diante de Sergio Moro, quando afirmou que não teve encontros específicos com ex-diretores, com poucas exceções.

Segundo a defesa de Lula, Paulo Roberto Costa esclareceu que "jamais teve qualquer proximidade com Lula" e afirmou "não ter tido nenhum encontro reservado com Lula, até porque, reconheceu, não tinha 'intimidade' com o ex-presidente. Todos os encontros, reforçou, diziam respeito a atividades institucionais da companhia, eventos e cerimônias no Brasil e no exterior nos quais era natural a participação do Presidente da República."
Na visão do advogado Cristiano Zanin, os documentos usados pelos procuradores "não contradizem, portanto, o depoimento de Lula, ocorrido em 10/5 quando afirmou que 'não tem reunião específica com diretor da Petrobras', além das duas situações que mencionou."

Zanin ainda apontou que Pedro Barusco usou contra Lula uma planilha que foi criada durante as negociações por uma delação premiada. Ele "reconheceu que não se recorda de todos os atos descritos na planilha e não pode garantir que todos tenham ocorrido, identificando a fragilidade da narrativa do MPF."

O delator ainda evidenciou que não pode dizer se havia corrupção em todos os contratos da Petrobras, e apontou que sabe de crimes que ocorreram antes de Lula chegar ao poder, mas a Lava Jato delimitou sua delação somente a partir de 2003.

No caso triplex, Lula é acusado de receber propina da OAS por conta de 3 contratos da empreiteira com a Petrobras. O MPF usou a teoria de que os ex-diretores recebiam cerca de 3% dos valores das obras como propina. E afirmou que uma parte disso iria para o caixa geral da OAS com o PT, de onde sairiam recursos para agradar Lula. 

Na visão da força-tarefa, Lula é culpado por ter sido presidente quando a Petrobras foi corrompida. A responsabilidade do petista está no fato de ele ter dado a palavra final sobre quem era indicado para a estatal. Por isso, a tentativa de dizer que as muitas reuniões de Lula na empresa de petróleo eram suspeitas.

 

QUEM TEM C. TEM MEDO

 EM FIM O INFERNO ASTRAL DE LULA CHEGA AO FIM, INICIOU-SE AGORA O INFERNO DE TEMER.

Temer revoga decreto que colocou Exército nas ruas de Brasília

Revogação foi publicada no Diário Oficial da União.

O presidente Temer decidiu revogar nesta quinta-feira (25) o decreto que determinou a ação do Exército nas ruas de Brasília para conter a violência que aconteceu durante a marcha de ontem (24). O decreto valeria até o dia 31 de maio, mas com a situação sob controle e após críticas da oposição no Congresso e alguns juristas, o governo decidiu suspender a medida. 
A revogação do decreto, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, foi discutida pelo presidente Michel Temer em uma reunião com seus interlocutores mais próximos: os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Raul Jungman (Defesa) e General Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional da Presidência). 
A decisão de usar as Forças Armadas foi anunciada por Jungmann na tarde desta quarta-feira, as Forças Armadas recebiam poder de polícia até o próximo dia 31. A decisão de decretar a chamada GLO (Garantia de Lei e Ordem) só pode ser feita por ordem expressa do presidente em caso onde há esgotamento dos órgãos de segurança pública.
Apesar das críticas, em entrevista nesta quinta, o ministro da Defesa Raul Jungmann considerou o decreto 'um grande acerto do governo'. E já havia adiantado que a decisão poderia ser revogada. 
— Se o comandante da área, general Ferreira Gomes, informar que estamos em tranquilidade, que não existe nenhum foco de resistência, que não existe possibilidade de retornar ao clima anterior, obviamente daremos a sugestão ao presidente que seja revogada. 
Protestos
O ato em Brasília, que pedia a renúncia do presidente, terminou com pessoas feridas, prédios depredados, pontos de ônibus destruídos, fogo ateado em banheiros químicos e manifestantes presos. Até a noite desta quarta-feira, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal não havia informado o efetivo usado pela polícia. Números oficiais indicavam 49 feridos, entre eles, um por arma de fogo, confirmado pela secretaria.

domingo, 21 de maio de 2017

FRIBOI E OS ALUNOS NOTA 10. OS CAIPIRAS QUE DERAM AULA DE PILANTRAGEM AOS POLÍTICOS

Donos da JBS tiveram aula de delação com a polícia


O procurador da República no Distrito Federal, Anselmo Lopes, e a delegada Rubia Pinheiro, que lideram a Operação Greenfield, da Polícia Federal, deram uma "aula de delação" aos empresários Joesley e Wesley Batista, que são os donos do Grupo JBS. 

No dia 19 de fevereiro, um domingo, às 12h, Lopes recebeu uma ligação inesperada. Do outro lado da linha, Francisco de Assis e Silva, diretor jurídico da JBS, comunicou uma decisão que abalaria o país: Joesley e Wesley iriam confessar seus crimes e colaborar com a Justiça.
A conversa durou só 19 minutos e eles agendaram um encontro para o dia seguinte. Na segunda-feira, Lopes e a delegada Rubia explicaram em detalhes ao advogado, profissional da estrita confiança dos Batista, como funcionaria a colaboração premiada.

APOSENTADORIA ANTES QUE SEJA TARDE

Atraso na reforma amplia a chance do benefício integral



É inegável que a reforma da Previdência subiu no telhado após o presidente Michel Temer (PMDB) passar a ser investigado por atrapalhar a Lava Jato, corrupção e organização criminosa. Apesar de a tentativa de mudar as aposentadorias não ter sido enterrada, o atraso no andamento do projeto é bem-vindo para trabalhadores que estão perto de conseguir vantagens que só serão possíveis pelas regras atuais, como o benefício integral com o cálculo 85/95.
Aprovado no Congresso em 2015, ainda na gestão Dilma Rousseff (PT), o sistema 85/ 95 impede que a aposentadoria seja reduzida pelo fator previdenciário quando a soma da idade ao tempo de contribuição do segurado resulta em 85, para as mulheres, ou 95, para os homens.
O trabalhador que atingir essa soma antes da aprovação da reforma, mesmo que não peça o benefício, manterá o direito de receber uma aposentadoria com renda mensal equivalente à média dos 80% maiores salários recebidos desde julho de 1994.

RATOS AMEAÇAM ABANDONAR O NAVIO DE TEMER

Sob ameaça de PSDB desembarcar do governo, FHC liga para Temer

Na quinta-feira, ex-presidente havia publicado mensagem em que recomenda renúncia de envolvidos nas delações da JBS caso "as alegações de defesa não forem convincentes".

 

Dois dias depois de recomendar a renúncia se as "alegações de defesa não forem convincentes", o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) telefonou no sábado (20) para o presidente Michel Temer (PMDB). Segundo a Folha de S.Paulo, FHC lembrou de crises que enfrentou durantes seus mandatos e falou sobre o papel de um presidente de resistir a momentos de instabilidade.
O telefonema ocorreu no momento em que o PSDB discute a possibilidade de desembarcar do governo. Neste domingo (21), o partido aliado decidiu cancelar uma reunião em que discutiria a manutenção do apoio.

A cúpula do PSDB sigla deve retomar as conversas sobre o assunto na segunda-feira (22), em conjunto com representantes do DEM e do PPS, mas não deve haver uma decisão formal sobre a posição do partido.
Em mensagem publicada na quinta-feira nas redes sociais, sem citar nomes, FHC disse que os atingidos pelas delações da JBS "têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões", mas que "se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia".
Na publicação, citou "indignação e decepção" como sentimentos correntes. "A solução para a grave crise atual deve dar-se no absoluto respeito à Constituição", disse.

OAB PEDE IMPEACHMENT DE TEMER

OAB decide entrar com pedido de impeachment de Michel Temer.

 O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu na madrugada deste domingo (21) apoiar o impeachment do presidente Michel Temer e formular pedido a ser protocolado na Câmara dos Deputados.

Formado por bancadas com representantes dos 26 Estados do país e o Distrito Federal, o Conselho decidiu fazer uma reunião extraordinária, na sede da instituição, em Brasília, diante dos fatos da última semana. Antes das deliberações deste sábado (20), a maior parte das bancadas já havia se posicionado pela cassação do presidente.
Em geral as bancadas expressam a opinião das seccionais da OAB nos estados. Ao todo, 25 bancadas decidiram pelo impedimento do presidente. O Amapá votou contra. Acre não compareceu. A sessão que decidiu pelo impedimento durou cerca de oito horas. O pedido deve ser protocolado na próxima semana.
O presidente Michel Temer já possui ao menos oito pedidos de impeachment protocolados na Câmara. A OAB montou uma comissão com quatro conselheiros para analisar os documentos divulgados na última quinta-feira pelo STF (Supremo Tribunal Federal), sobre a delação dos irmãos Batista, donos da JBS.
A delação serviu de base para abertura de inquérito contra o presidente no STF. No início da tarde, o presidente Temer discursou à nação e buscou descreditar o delator. Alguns advogados já ocupavam o plenário e assistiram a fala de um computador.
O relator da comissão, Flavio Pansieri (PR), leu o relatório em que se considerou que houve crime de responsabilidade cometido pelo presidente no trecho da conversa com o empresário Joesley Batista, em que o delator diz ter sob seu controle dois juízes e um procurador da Lava Jato. Ele também cita receber informações vazadas da força tarefa, além de pedir favores do governo na área econômica.
Nesse último caso, o presidente diz para o empresário procurar o deputado Roberto Loures (PMDB), mais tarde preso com malas de dinheiro pagas pela empresa. Os conselheiros entenderam que o presidente se omitiu de denunciar os crimes que ouviu naquela reunião. Temer teria, portanto, prevaricado. Diz o relatório que é crime de responsabilidade “omitir-se do dever legal de agir diante de um crime”.
“Omitir-se de prestar informações, pela influência do cargo, o que lhe é exigido pela conduta”, disse Pansieri. O relator também cita o fato de o encontro ter ocorrido sem registro, seguindo “protocolo inabitual”. Ele citou como agravante o fato de Joesley ser dono de empresa investigada em ao menos cinco operações da Polícia Federal. O relator questionou a “qualidade do interlocutor” e avaliou que o caso correspondeu a “temerária atitude da maior autoridade do país”.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

JBS IRMÃOS DELATORES DONOS DA FRIBOI ESTÃO NOS ESTADOS UNIDOS PARA SEREM ATORES PRINCIPAIS DO FILME UM GOLPE DE MESTRE ll.

Os irmãos Batista: "Esses caipiras deram um banho em Marcelo Odebrecht.”


No começo deste ano os irmãos Joesley e Wesley Batista foram à Procuradoria-Geral da República com uma proposta: queriam fazer uma delação premiada. A oferta era irrecusável. Os donos da JBS tinham na gaveta segredos inconfessos sobre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Os mais sombrios se referiam a uma frente ainda pouco conhecida e muito desejada pelos investigadores da operação Lava Jato e de seus desdobramentos: o BNDES, a maior caixa-forte de investimentos do governo, protegida sob um manto de legislação que impedia que policiais e órgãos de controle abrissem suas planilhas.
Os Batista queriam falar, mas antes de subirem os elevadores da Procuradoria-Geral da República eles arquitetaram um plano. Ao contrário dos empresários que se converteram em delatores após meses de cadeia, os irmãos acordaram com os procuradores que não seriam presos, sequer usariam tornozeleira eletrônica; suas empresas sofreriam o mínimo dano possível; Joesley Batista recebeu, inclusive, a garantia de poder continuar morando nos Estados Unidos, longe dos holofotes e de cenas constrangedoras em camburões e delegacias. “Foi um golpe de mestre”, disse-me um auditor do TCU. “Enquanto os outros empresários estão mofando na cadeia, eles conseguiram garantir sua liberdade e a segurança de seus negócios. Esses caipiras deram um banho em Marcelo Odebrecht.”
Os Batista ainda garantiram que a única penalidade que eles sofreriam seria o pagamento de uma multa de 225 milhões de reais. “Não não dá pra chamar de troco. Isso é uma meia gorjeta. É nada diante da quantidade de dinheiro que receberam do BNDES”, me disse o gestor de um grande fundo de investimento. “Eles montaram um império na base da corrupção e do dinheiro público e agora saem ilesos pagando apenas essa multa ridícula?”, questionou.
Ontem, o que se comentava no mercado financeiro era que a multa seria paga com dinheiro fruto do próprio plano pré-delação. Os Batista, conscientes do estrago que as divulgações das gravações de Temer e Aécio causariam no mercado – principalmente na cotação do dólar –, trataram de especular na Bolsa de Mercadorias e de Futuros, a BM&F.  Fizeram aplicações em moeda norte-americana, apostando na alta. Resultado: estima-se que, com essas operações, eles lucraram cerca de quatro vezes o valor da multa.
A esperteza da dupla também seduziu os americanos. Lá, eles se comprometeram a fazer um acordo de leniência entregando todo o esquema de corrupção com autoridades brasileiras. Em troca, eles poderão continuar operando suas empresas nos Estados Unidos.
Hoje, 80% da operação da JBS está fora do Brasil, o que é também motivo de crítica dos analistas. Eles questionam o fato do banco ter despejado tanto dinheiro em um grupo cujos negócios estavam sendo desenvolvidos no exterior, o que não geraria nem empregos nem renda no Brasil. Os Batista chegaram a tentar mudar a sede da empresa para a Irlanda, um paraíso fiscal, mas não receberam autorização do BNDES. Recentemente, tentavam transferir a sede do grupo para os Estados Unidos, onde se encontra a maior parte de suas fábricas.
Desde 2005, o BNDES vinha despejando vultosos recursos no caixa da empresa fundada pelo pai dos Batista em 1953. O pequeno açougue se tornaria a maior processadora de carnes do mundo, graças aos mimos do banco estatal. Foram 10,63 bilhões de reais investidos na companhia. Tamanha generosidade com a família Batista chamou a atenção do mercado. Empresários do setor e analistas batiam cabeça para tentar entender a razão para o BNDES ter despejado tanto dinheiro em uma única empresa, cujo impacto na economia seria baixo frente ao montante investido.
Os irmãos Batista já vinham sendo investigados antes da proposta de delação. Eles eram informados sobre as investigações por meio do procurador Ângelo Goulart Villela que atuava em uma das operações. Pagaram altas somas ao procurador para que ele os avisasse sobre o passo a passo das investigações que os cercavam. Villela, antes de ser afastado pela Procuradoria, acionou o alarme. Ele sabia que a corda estava por estourar.
Sentindo o cerco se apertar, os irmãos entenderam que a única saída seria propor ao Ministério Público um acordo. O medo dos Batista era terminar como os empresários Marcelo Odebrecht – controlador da empresa –, Léo Pinheiro, da OAS, e outros executivos de empreiteiras: na cadeia, forçados a confessar enquanto suas empresas derretem em praça pública, perdendo contratos e novos negócios. O foco de maior preocupação era o grupo J&F. Dono da JBS e de mais uma série de empresas nas áreas de papel e celulose, sabão e couro, o conglomerado poderia ser reduzido drasticamente, a exemplo de várias empresas envolvidas na Lava Jato.
O plano dos Batista, antes de o escândalo estourar, era fazer um IPO, uma oferta pública inicial de ações nos Estados Unidos, mas eles abortaram a operação diante da constrangedora situação em que se encontravam. Ao se apresentarem voluntariamente aos procuradores, os irmãos tinham muito mais informações a oferecer além da participação do BNDES. Durante anos, eles financiaram políticos de vários partidos. Nas eleições de 2014, a empresa doou 366,8 milhões de reais às principais campanhas.
A negociação com o MP foi muito bem alinhavada. Para salvar a própria pele, Joesley Batista gravou o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves em diálogos nada republicanos. Em um deles, com Temer, Joesley fala sobre Eduardo Cunha, o deputado cassado preso em Curitiba desde o anos passado. Ele diz: “dentro do possível, eu fiz o máximo que deu ali, zerei tudo o que tinha de alguma pendência”. O diálogo dá margem para a interpretação de que o empresário estaria comprando o silêncio de Cunha, que guardaria segredos capazes de entregar toda a cúpula do PMDB. Em outro, com Aécio, negocia uma propina diretamente para o senador. Joesley também se comprometeu com a Polícia Federal a colocar os chips nas mochilas que foram usadas para a entrega das propinas.
Desde 2015, o Tribunal de Contas da União tentava, sem sucesso, fazer com que o BNDES liberasse os dados das operações firmadas com a JBS. O banco se recusava a fazê-lo, alegando sigilo bancário. O caso foi parar no Supremo Tribunal Federal, que mandou a instituição abrir a caixa-preta. Mas, foi somente no ano passado que o banco finalmente enviou para o TCU a base de dados com todas as operações contratadas com a JBS. Era uma planilha bomba.
Os auditores do TCU concluíram que muitas das operações firmadas com o frigorífico foram prejudiciais ao banco estatal. Pelas análises, as operações que maior dano provocaram foram as realizadas pelo BNDESPar, o braço de participação acionária da instituição. Em vez de simplesmente emprestar dinheiro para a empresa – que assumiria o risco do empréstimo –, o banco tornou-se sócio do negócio, em percentuais acima de 30%, mais do que era permitido pelas regras do próprio BNDES. O TCU estimou que as perdas do banco com a JBS podem ultrapassar 1,2 bilhão de reais. Em abril, o TCU julgou irregular uma das operações feitas pelo banco com o frigorífico (a compra da americana Swift Foods pela JBS, em 2007). Apesar de tudo, o ressarcimento pedido pelo Tribunal foi de meros 70 milhões de reais.
A decisão do TCU, no entanto, foi o estopim que deflagrou a operação Bullish, da Polícia Federal, que, na sexta-feira passada levou Wesley, um dos irmãos Batista, a depor coercitivamente na Polícia Federal. Joesley Batista e Luciano Coutinho também foram convocados, mas estavam no exterior. Trinta e sete funcionários do banco receberam mandados de condução coercitiva para prestar esclarecimentos. Coutinho enviou em 16 de maio deste ano uma carta à piauí afirmando que as operações foram absolutamente legais.
Além do TCU, os irmãos Batista também estavam sob a mira de outra operação, a Greenfield, que investiga prejuízos sofridos por fundos de pensão dos funcionários de empresas estatais, entre eles a Funcef, da Caixa Econômica Federal, e a Petros, da Petrobras, em negócios com grandes empresas, JBS incluída. Em setembro do ano passado, os dois irmãos chegaram a ter os bens congelados por ordem judicial e foram proibidos de continuar à frente dos negócios. Só conseguiram desbloquear o patrimônio após depositarem 1,5 bilhão de reais em um seguro-garantia. Eles também eram alvo da operação Carne Fraca, que investigava a compra de fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para que fizessem vista grossa a negócios irregulares tocados por frigoríficos.
Perguntei a um integrante do TCU o que ele achou do desfecho da delação dos Batista. “Espero que as vantagens que receberam em troca realmente tragam algum benefício para o país”, ele me confidenciou. “Um acordo desses tão vantajoso para os criminosos só vai valer a pena se for para renovar definitivamente o cenário.”