Delator corrige cobertura da imprensa sobre as reuniões de Lula na Petrobras.
O ex-diretor da Lava Jato Paulo Roberto Costa corrigiu "espontaneamente" as informações divulgadas pela grande mídia, em parceria com a Lava Jato, sobre as reuniões de Lula na Petrobras durante seus dois mandatos. A agenda do ex-presidente na estatal foi usada pela força-tarefa para insinuar que Lula mentiu diante de Sergio Moro, quando afirmou que não teve encontros específicos com ex-diretores, com poucas exceções.
Segundo a defesa de Lula, Paulo Roberto Costa esclareceu que "jamais
teve qualquer proximidade com Lula" e afirmou "não ter tido nenhum
encontro reservado com Lula, até porque, reconheceu, não tinha
'intimidade' com o ex-presidente. Todos os encontros, reforçou, diziam
respeito a atividades institucionais da companhia, eventos e cerimônias
no Brasil e no exterior nos quais era natural a participação do
Presidente da República."
Na visão do advogado Cristiano Zanin, os documentos usados pelos
procuradores "não contradizem, portanto, o depoimento de Lula, ocorrido
em 10/5 quando afirmou que 'não tem reunião específica com diretor
da Petrobras', além das duas situações que mencionou."
Zanin ainda apontou que Pedro Barusco usou contra Lula uma planilha
que foi criada durante as negociações por uma delação premiada. Ele
"reconheceu que não se recorda de todos os atos descritos na planilha
e não pode garantir que todos tenham ocorrido, identificando
a fragilidade da narrativa do MPF."
O delator ainda evidenciou que não pode dizer se havia corrupção em
todos os contratos da Petrobras, e apontou que sabe de crimes que
ocorreram antes de Lula chegar ao poder, mas a Lava Jato delimitou sua
delação somente a partir de 2003.
No caso triplex, Lula é acusado de receber propina da OAS por conta
de 3 contratos da empreiteira com a Petrobras. O MPF usou a teoria de
que os ex-diretores recebiam cerca de 3% dos valores das obras como
propina. E afirmou que uma parte disso iria para o caixa geral da OAS
com o PT, de onde sairiam recursos para agradar Lula.
Na visão da força-tarefa, Lula é culpado por ter sido presidente
quando a Petrobras foi corrompida. A responsabilidade do petista está no
fato de ele ter dado a palavra final sobre quem era indicado para a
estatal. Por isso, a tentativa de dizer que as muitas reuniões de Lula
na empresa de petróleo eram suspeitas.
Agora fica a dica!
ResponderExcluirFinalmente
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